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Por Madalaine Elhabbal

16 de mai de 2025 às 15:27

Senadores democratas dos EUA bloquearam a nomeação de Brian Burch, indicado pelo presidente Donald Trump para ser o embaixador dos EUA junto à Santa Sé, paralisando o processo de nomeação antes da missa de posse do papa Leão XIV no domingo (18).

Burch, cofundador do grupo de ação política CatholicVote, precisa agora obter 60 votos no Senado, uma maioria de três quintos, depois que senadores obstruíram cerca de 50 indicações de segundo escalão. A obstrução é uma tática do Senado que permite aos senadores atrasar ou bloquear votações estendendo o debate, exigindo 60 votos para invocar o encerramento da votação e prosseguir para a votação final.

"Nunca pensei que veria o dia em que os democratas estariam dispostos a bloquear o indicado para embaixador na Santa Sé simplesmente para marcar pontos políticos com seus radicais de extrema esquerda, mas parece que eles ainda estão procurando o fundo do poço", disse o Eric Schmitt, senador republicano católico do Estado do Missouri, à CNA, agência em inglês da EWTN.

“Agora, faltando só dois dias para a posse do papa Leão XIV, os EUA não terão presença diplomática na Santa Sé. As jogadas políticas dos democratas são vergonhosas, e o Senado deveria votar imediatamente a nomeação de Brian Burch para garantir que os EUA tenham presença diplomática na Santa Sé quando a nova Cúria Romana for empossada”, disse Schmitt.

Schmitt criticou duramente seus colegas democratas no Senado por bloquearem a nomeação que havia avançado anteriormente em linhas bipartidárias pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, descrevendo o bloqueio dos democratas à confirmação de Burch como "obstrucionista".

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Depois, numa transmissão ao vivo na rede social X na noite de terça-feira (13), Schmitt disse que o Senado está atualmente trabalhando para confirmar os indicados de Trump, de perfil mais baixo, enquanto aguarda a aprovação do projeto de lei de reconciliação. No entanto, numa reviravolta sem precedentes, senadores democratas impuseram "suspensão total" a várias indicações, invocando a obstrução que exige 60 votos para confirmá-las.

A medida forçará o Senado dos EUA a votar e aprovar cada indicação individualmente. Não está claro se a indicação de Burch acontecerá antes de domingo.

“Em termos gerais, a ideia de que você precisaria apresentar um pedido de encerramento, ou seja, 60 votos para tudo o que você faz, é muito incomum. Na verdade, não vemos esse obstrucionismo desde o governo Ford”, nos anos 1970, disse Schmitt na transmissão ao vivo.

Ilustrando a natureza inédita da invocação da obstrução para nomeações, Schmitt destacou que o Senado confirmou o juiz Clarence Thomas, da Suprema Corte, com uma maioria simples de 52 votos. "A obstrução não era usada para tudo", disse ele, e "certamente não para cargos de embaixador que não sejam controversos, que sejam aprovados ​​na Comissão de Relações Exteriores".

Schmitt disse que a obstrução da nomeação de Burch "mostra o quão quebrados os democratas estão". "Eu simplesmente não pensei que isso aconteceria da maneira como aconteceu no Senado hoje, que isso os levaria ao ponto de dizer: 'Não vamos deixar o embaixador na Santa Sé estar na posse do papa', mas é onde estamos’ ".

A CNA entrou em contato com o gabinete de Chuck Schumer, senador democrata do Estado de Nova York e líder da minoria no Senado dos EUA, para falar sobre isso, mas não obteve resposta até o momento dessa matéria ser publicada.

Madalaine Elhabbal é uma repórter da Catholic News Agency baseada no escritório da EWTN em Washington, D.C. Ela escreveu para o CatholicVote e também trabalhou como assistente de língua estrangeira na França. Ela é formada pelo Benedictine College (EUA).