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10 de fev de 2025 às 16:05
O teólogo e jornalista alemão Matthias Kopp, porta-voz da Conferência Episcopal Alemã e consultor do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, esteve no Iraque na semana passada para apresentar seu novo livro O Legado Cristão no Iraque.
Seu itinerário, que o leva a Bagdá, Mosul e Erbil, incluiu uma discussão do livro na Universidade Católica em Erbil e reuniões com líderes da Igreja nas três cidades. O arcebispo de Paderborn, Alemanha, dom Udo Markus Bentz, acompanhou Kopp na viagem.
Kopp falou à ACI MENA, agência de notícias em árabe da EWTN, sobre o livro que documenta o sofrimento dos cristãos do Iraque em várias fases históricas.
Ele falou sobre a visita planejada do papa são João Paulo II ao Iraque em 1999, que foi cancelada pelo então presidente do país, Saddam Hussein.
“Foi uma grande decepção para o papa João Paulo II”, disse Kopp. “Ele esperava inaugurar o novo milênio com uma visita ao Iraque”.
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Kopp disse que viajou ao Iraque sempre que possível, mesmo no período de controle do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), e destacou o que considera o capítulo mais crítico de seu livro: a queda de Hussein, a luta para redigir uma nova Constituição do Iraque, o impacto devastador do ISIS sobre cristãos e yazidis e as perspectivas de reconstrução depois de 2017.
Kopp enfatizou que o livro não se destina só a cristãos que buscam entender sua história, mas também a políticos que precisam compreender as ramificações políticas do passado e do presente do Iraque.
Ao longo do livro, Kopp fala sobre o futuro do cristianismo no Iraque, considerando os desafios econômicos e de segurança do país e as esperanças das gerações mais jovens. Em sua visão, a Universidade Católica em Erbil se destaca como um farol de esperança para esses jovens. Kopp também disse ter interesse em expandir sua pesquisa para incluir a herança cristã em outras zonas de conflito, como Síria e Nagorno-Karabakh, entre Armênia e Azerbaijão.
Com apoio do papa Francisco, que escreveu o prefácio, o livro tem um significado especial. Refletindo sobre o apoio do papa, Kopp disse: “Fiquei profundamente comovido quando recebi o envelope contendo a introdução do papa. Vejo isso como uma mensagem poderosa para o povo do Iraque — uma prova de que o Santo Padre não os esqueceu”.
Em sua visita às igrejas de Mosul, Kopp observou sinais tangíveis de reconstrução e do ressurgimento da vida cristã.
“Quando fiquei em meio às ruínas de igrejas em Mosul, senti o peso da história. Mas em Qaraqosh (Hamdaniya), a paisagem era diferente. Assistimos a uma missa com mil fiéis e participamos de uma grande procissão à luz de velas pela cidade”, disse Kopp.