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21 de jan de 2025 às 16:40
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou ontem (20) uma ordem executiva chamada “Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero”, que a Casa Branca diz que restaura a “verdade biológica para o governo federal”.
Trump, que se concentrou na questão da ideologia de gênero por grande parte de sua campanha presidencial no ano passado, assinou ontem a ordem, no primeiro dia de seu retorno à presidência dos EUA.
Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.
A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.
O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador”.
“Em todo o país, os ideólogos que negam a realidade biológica do sexo têm usado cada vez mais meios legais e outros meios socialmente coercitivos para permitir que homens se identifiquem como mulheres e tenham acesso a espaços e atividades íntimas de só um sexo projetados para mulheres, desde abrigos para mulheres até chuveiros femininos no local de trabalho. Isso está errado”, diz a ordem executiva.
Uma ordem executiva é abrangente por natureza. Sua aplicação incluirá a remoção de orientações, comunicações, políticas e formulários de ideologia de gênero de agências governamentais. A ordem diz explicitamente que a palavra “mulher” significa “mulher humana adulta” e ordena que a identificação do governo, como passaportes e registros pessoais, reflita a realidade natural e “não a identidade de gênero autoavaliada”.
A ordem estabelece um reconhecimento em todo o governo dos EUA da realidade do sexo natural, incluindo a afirmação explícita de que só existem dois sexos, masculino e feminino.
Ela também põe fim à prática de colocar homens em prisões femininas e põe fim ao uso do dinheiro de imposto para financiar tratamentos hormonais ou cirúrgicos para disforia de gênero distúrbio que leva a pessoa a se identificar com o sexo oposto de prisioneiros.
A ordem também determina que a procuradoria-geral dos EUA “emita orientações para garantir a liberdade de expressar a natureza binária do sexo e o direito a espaços do mesmo sexo em locais de trabalho e entidades financiadas pelo governo federal cobertas pela Lei dos Direitos Civis de 1964”.
Num comício em Washington, D.C., no último domingo (19), Trump disse à multidão presente que também pretende “manter os homens fora dos esportes femininos”.
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Trump reverte as diretrizes LGBT de Biden
A medida é uma grande reversão das diretrizes do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, sobre Ideologia de gênero em seu primeiro dia no cargo, há quatro anos.
Na época, Biden ordenou que o governo federal “revisasse todas as ordens, regulamentos, documentos de orientação, políticas, programas ou outras ações da agência existentes” num esforço para reforçar os “direitos” de pessoas que se identificam com o sexo oposto. Trump também rescindiu formalmente ontem a ordem de Biden.
Trump também rescindiu ontem as regras estabelecidas por Biden que retinham dinheiro federal de escolas, incluindo faculdades, que não aderissem à ideologia de gênero do governo Biden.
Elogios de conservadores.
“Num retorno chocante à normalidade, as primeiras ordens executivas de Trump rescindirão todas as ordens de Biden que promovem a ideologia de gênero e voltarão ao reconhecimento humano regular de masculino e feminino”, escreveu na rede social X o deputado republicano Dan Crenshaw, do Estado do Texas, antes da ordem ser assinada.
“As mulheres merecem proteção, merecem dignidade, merecem justiça, merecem segurança. E isso vai ajudar a estabelecer isso na política federal e nas leis federais”, disseram dois altos funcionários do governo dos EUA ao site The Free Press, ao classificar a ordem executiva em termos de proteção das mulheres.
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Trump fez das questões em torno da ideologia de gênero o tema central de sua campanha, ao falar muitas vezes sobre seu desejo de tirar a “loucura transgênero” das escolas e de outras áreas da vida pública.
“É só ver as pesquisas. O público é amplamente a favor da posição do presidente e do Partido Republicano sobre gênero. O fato de existirem dois sexos biológicos é algo que o público apoia”, disse um funcionário do governo dos EUA ao The Free Press.
Uma pesquisa do jornal americano New York Times e do instituto de pesquisa Ipsos, feita entre 2 e 10 de janeiro, mostra que 49% dos entrevistados disseram que “a sociedade foi longe demais na acomodação de pessoas transgênero”, em comparação com 28% que acreditam que a sociedade atingiu um equilíbrio razoável sobre o assunto e 21% que acreditam que a sociedade não foi longe o suficiente.