Peregrinação das Crianças quer cuidar de uma «tradição» e de uma mensagem com «futuro» – Agência ECCLESIA
Este é um artigo do site ECCLESIA. Tema «Maria leva-nos a Jesus — Caminhar na alegria e na esperança», da edição deste ano, vai levar
Você já olhou para a vida de alguém e pensou: “Este aí não tem mais jeito na vida…”? Será mesmo? Seja quem for, ninguém nunca estará longe demais da misericórdia de Deus. E a história da conversão de Jacques Fesch, um criminoso condenado à morte, é um perfeito exemplo disso!
Era 26 de fevereiro de 1954 quando as manchetes de jornal anunciavam a prisão de um jovem delinquente, que ao tentar assaltar uma loja foi surpreendido pelo alarme e tentou fugir, matando o policial que o perseguia. Jacques Fesch seria preso e teria, na prisão, um forte encontro com Deus.
Jacques Fesch era de origem belga, mas nasceu na França em 6 de abril de 1930. Apesar de ter recebido educação cristã, se afastou da religião quando adolescente e viveu por muito tempo longe de Deus.
Seu pai, um homem rígido, desejava que o filho fosse seu sucessor no banco, mas este não demonstrava interesse algum em seguir a profissão. Aos 20 anos, após prestar serviço militar na Alemanha, Jacques casou-se no civil com Pierrette, de origem judia, e tiveram uma filha chamada Verônica. Jacques envolveu-se depois com outra mulher, com quem teve um filho.
Ele trabalhou durante um tempo com o sogro, mas devido a alguns conflitos, Jacques decidiu abandonar o ofício e fugir de tudo, inclusive da família. Seu plano era comprar um barco e viajar pelo mundo para tentar suprir a falta de sentido de vida. Encontrou apenas um obstáculo: não tinha dinheiro para tal e seus pais se recusavam a ajudá-lo.
E foi esta a causa de sua queda: para arranjar o dinheiro necessário, decidiu assaltar uma loja de moedas de ouro, mas não contava que as coisas fossem dar errado. Ao matar o policial que o perseguia, Fesch foi levado para a prisão de Santé, em Paris, e em 1957 foi condenado à pena de morte pela Corte Francesa.
Desde a primeira visita do capelão no cárcere, Jacques se mostrou indiferente à sentença que o esperava e se dizia homem sem fé. Mas a convicção católica do seu advogado, de início até ridicularizada pelo prisioneiro, teve um importante papel em sua vida.
Mesmo respeitando a descrença de Jacques, o capelão sempre o visitava, ajudando-o e emprestando livros. Ele também contou com a amizade e orações de um antigo amigo de escola, que agora era religioso, com quem se comunicava por cartas. Tinha também o suporte e a amizade do advogado, que fez tudo o que estava ao seu alcance para salvar a vida (e a alma) do jovem.
A conversão de Jacques Fesch não foi da noite para o dia e sim um processo (como a de todos nós), mas ele narra uma experiência específica que teve, numa noite de vigília que viveu há cerca de um ano na prisão. Segundo ele, ouviu uma “fortíssima dor afetiva” que o pressionava à conversão.
No livro “Cartas de um Condenado”, que conta a história de Jacques, ele relata:
“Pouco a pouco fui obrigado a rever meus conceitos, não tinha mais certeza da inexistência de Deus, estava ficando receptivo, sem no entanto ter fé. Tentava crer por meio da razão, sem rezar ou quase nada rezando. E depois, no fim de um ano de prisão, me veio uma dor afetiva muito forte da qual sofri muito, brutalmente, e em poucas horas tive a fé, uma certeza absoluta. Acreditei e não compreendia mais como tinha sido possível deixar de crer. A graça me visitou, uma grande alegria me invadiu e, sobretudo, uma grande paz. Em poucos instantes tudo ficou claro. Foi uma alegria sensível muito forte, talvez tenha agora a tendência de querer senti-la ainda, quando o essencial não é a emoção, mas a fé”.
Depois disso, ele não seria mais o mesmo! Em uma de suas cartas ao amigo religioso, Jacques explica: “Acabo de receber a comunhão, é uma grande alegria! ‘Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim'”.
Em outro trecho, narra o que seria uma de suas mais impactantes e conhecidas frases:
“Agora tenho realmente a certeza de começar a viver pela primeira vez. Tenho a paz e um sentido na vida, ao passo que antes não passava de um morto-vivo”.
E claro, com a experiência com Deus, veio o reconhecimento de seus erros e o profundo arrependimento. “Quantas consequências não devo e não deverei ainda suportar por toda a vida: a morte de um homem, a infelicidade de uma mulher e de uma moça, duas crianças que vão sofrer, uma órfã! Quanto mal pude fazer à minha volta, pelo meu egoísmo e inconsciência! ‘Ah, Senhor, eis diante de vós culpados em confissão’ (Sto. Agostinho). Sim, foi ele quem me amou primeiro, sem que eu nada tivesse feito para merecer seu amor”.
A partir de então, Jacques passou a aceitar seu destino com amor e confiança, tentando também converter sua esposa Pierrette, sem temer que estivesse sendo “importuno”.
Na noite anterior em que seria executado, Jacques tinha a certeza:
“Em sua bondade, Jesus me dará uma morte cristã, para que eu possa testemunhar até o fim (…) Espero na noite e na paz. Mantenho os olhos no crucifixo e meus olhares não se desprendem das chagas de meu Salvador. Repito baixinho, incansavelmente: ‘É para vós’.”
Claro, os momentos que antecederam sua morte não foram fáceis, e ele confessa isso: “A paz foi embora e veio a angústia. É abominável! Meu coração salta-me no peito. Virgem Maria, ajudai-me!”
Mas no fim, a certeza:
“Jesus me prometeu levar-me imediatamente para o paraíso… Meu Senhor e meu Deus, vou ver-vos face a face”.
Jacques rezou durante toda a noite. Quando chegaram para buscá-lo, encontraram-no de pé em sua cela. Pela última vez, recebeu a absolvição do capelão e comungou junto com o amigo advogado. Jacques Fesch foi guilhotinado às 5h30 de 1º de outubro de 1957, dia de Santa Teresinha do Menino Jesus, por quem nutriu grande devoção.
Em 1993, o Cardeal Jean Marie Lustiger abriu a causa de beatificação e agora ele é Servo de Deus.
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