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12 de mar de 2025 às 13:48
Frei Gilson Azevedo, padre da Congregação dos Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, foi chamado “extremista”, “bolsonarista”, “fascista”, “oportunista”, “negacionista”, “empregado da produtora Brasil Paralelo”, “misógino”, “anticiência” nas redes sociais por rezar online o terço de madrugada com um milhão de católicos no início do mês. A live do rosário é feita todos os dias às 4h da Quaresma no canal de YouTube do frade.
O deputado federal André Janones (Avante – MG), da base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse no domingo (9) em suas redes sociais que a crítica de esquerda ao terço de frei Gilson é “burra e arrogante”.
“Não basta ser rejeitado pelos evangélicos, vamos fazer uma cruzada contra os católicos também, aí a gente se elege só com os votos dos ateus em um país em que quase 80% da população é católica ou evangélica. Que tal?”, ironizou Janones. “Incrível como a arrogância do nosso campo se sobrepõem, mesmo com impopularidade e uma derrota cada vez mais real em 2026. Continuamos mirando no jogador e esquecendo a bola”.
Janones disse que frei Gilson “mete quatro milhões de pessoas em uma live quatro da manhã e representa a maior religião do país”, mas a esquerda “ao invés de mudar a pauta e conseguir conquistar esses mesmos eleitores por outro flanco”, “parte pra cima daquele” que, gostem ou não, “os representa e tem a admiração dos fiéis, que (olha que SURPRESA) também são eleitores”.
“Cada dia mais tenho certeza que merecemos o que estamos vivendo”, disse Janones.
O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) deram apoio ao frade em suas redes sociais.
Para Bolsonaro, frei Gilson “cada vez mais se apresenta como um fenômeno em oração, juntando milhões pela palavra do Criador” e “por isso, cada vez mais, vem sendo atacado pela esquerda”. “A fé cristã nunca se curvou à perseguição e não será diferente agora”, disse Bolsonaro. “Minha solidariedade a ele e a todos que defendem os valores de Deus e da família”.
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Nikolas Ferreira disse em seu vídeo que, apesar de divergências de crença entre frei Gilson e ele, que é evangélico, conhece o frei pessoalmente e o considera “uma pessoa extraordinária”. Para Ferreira, o motivo das críticas ao frei “é um só: odeiam Cristo”. O deputado emprestou sua solidariedade e apoio a frei Gilson e aos católicos.
O deputado mineiro rebateu um comentário específico feito contra frei Gilson: “Acordar cedo para lavar uma calçada, estudar ou ir correr no parque ninguém quer. Aí morre burro, sedentário com a casa sebosa e a culpa é do capeta ou do Lula. Detalhe: esse careca é padreco vinculado ao Brasil Paralelo. Compreenderam o sucesso?”
Para Ferreira, quem fez o comentário deve ter uma alma “podre” “para poder ficar reclamando de pessoas que estão rezando às 4h da manhã, principalmente aqui no nosso país”.
“E um detalhe, que esse imbecil aí não falou”, continuou Ferreira. “A maior instituição de caridade do mundo não se chama socialismo, não se chama Frida Kahlo, não se chama Instituto Lula, se chama Igreja. A Igreja Evangélica, a Igreja Católica, elas são as maiores instituições de caridade do mundo. Seja de asilo, de creche, de hospital…ou seja, a civilização ocidental foi construída por nós”.
A Frente Parlamentar Católica da Câmara dos Deputados também se solidarizou com o frei Gilson e se disse comprometida “com a liberdade religiosa e com os valores constitucionais que garantem a livre manifestação de fé”, defendendo o “direito de líderes religiosos expressarem seus ensinamentos”.
“Reafirmamos nosso compromisso com a defesa da liberdade de expressão e da liberdade religiosa, assegurando que qualquer cidadão – seja leigo, sacerdote ou líder religioso – possa professar e ensinar sua fé sem medo de censura ou represália. O respeito à diversidade de opiniões e crenças é um pilar essencial para a convivência harmônica em nossa sociedade democrática”, disse o deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE), presidente da frente. “Os ataques ao frei Gilson em plena Quaresma configuram desrespeito a nossa Santa Igreja e a todos nós cristãos. Continuaremos firmes no propósito de salvar almas e reparar o Sagrado Coração de Jesus tão difamado durante o carnaval”.
“Juntemo-nos ao Frei Gilson, ao Instituto Hesed, a todas as paróquias e comunidades leigas, junto à CNBB e à Santa Igreja. Rezemos o Rosário, atendendo os pedidos de Nossa Senhora, e afirmemos nosso compromisso de seguir a Jesus Cristo!”, pediu o parlamentar em sua mensagem.