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9 de jan de 2025 às 10:45
“O que está em causa não é somente autorizar a mulher a interromper a gravidez até às dez, doze ou quatorze semanas de gravidez. Trata-se de percorrer a via da liberalização do aborto, na qual o Estado se compromete a assegurar os meios para eliminar a vida humana nascente… sem crime, sem problemas de consciência, sem despesas”, disse o bispo de Bragança-Miranda, dom Nuno Almeida, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), sobre propostas que querem aumentar o prazo para a realização de aborto em Portugal.
O aborto é legalizado em Portugal até a décima semana de gestação, desde 2007. Amanhã (10), serão debatidos na Assembleia da República projetos apresentados pelo Partido Socialista (PS), Partido Comunista Português (PCP), Bloco de Esquerda (BE), Livre e Pessoas–Animais–Natureza (PAN) que pretendem aumentar o prazo para 12 ou 14 semanas, além de retirar a obrigatoriedade dos três dias de reflexão e regulamentar a objeção de consciência.
Em uma nota divulgada pela Agência Ecclesia, da CEP, dom Nuno fez um apelo aos deputados a “uma mudança de direção”. Ele disse que é preciso “respeitar” quem admite a despenalização do aborto, mas não pode dizer o mesmo sobre a “moralidade da ação de abortar, ou da reivindicação do aborto como um direito”. Segundo ele, o pensamento cristão, “e boa parte do pensamento humanista, está de acordo com esta distinção”.