O Papa Leão XIV recebeu hoje os membros do Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana e manifestou profunda tristeza pela "guerra sem sentido" que assola o país. Durante a audiência, realizada no Palácio Apostólico, o Pontífice partilhou que, devido ao conflito, "não é fácil falar de esperança", tanto para os bispos presentes quanto para os fiéis sob seus cuidados pastorais.

Dirigindo-se aos prelados, que celebraram sua assembleia sinodal após uma peregrinação jubilarao Vaticano, Leão XIV reconheceu as inúmeras dificuldades que enfrentam, tanto no âmbito da Igreja quanto na assistência humanitária. Ele sublinhou a vocação deles de "servir Cristo em cada pessoa ferida e angustiada" que busca ajuda.

O Santo Padre destacou que o encontro ocorria no contexto do Ano Jubilar de 2025, dedicado à esperança, mas reconheceu que a realidade da guerra, iniciada com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, torna o tema desafiador. "Não é fácil encontrar palavras de consolo para as famílias que perderam entes queridos", afirmou, embora tenha ressaltado os "muitos testemunhos de fé e de esperança" que emergem do povo ucraniano, vendo neles um sinal da força divina.

Referenciando a mensagem do seu antecessor, Papa Francisco, sobre a esperança que não desilude por estar alicerçada no amor de Deus, Leão XIV exortou os membros do Sínodo a permanecerem "unidos na única fé e na única esperança". Ele frisou que essa comunhão inclui também os que pereceram no conflito.

Finalizando seu discurso, o Papa expressou a certeza da intercessão de Nossa Senhora, que "nos guia para o seu Filho, que é a nossa paz". Ele rezou fervorosamente para que "a paz regresse à vossa pátria o mais rapidamente possível", agradecendo e concedendo a sua bênção.

Leão XIV mencionou ainda ter-se encontrado previamente com peregrinos greco-católicos ucranianos, incluindo mães de soldados falecidos, na Basílica de São Pedro, onde todos se uniram para cantar o Pai Nosso em ucraniano.