A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) apresentou ao 25º Governo Constitucional um conjunto de quatro desafios que considera fundamentais para impulsionar a necessária transformação estrutural de Portugal.

Segundo a ACEGE, o país exige uma reforma profunda para derrubar os bloqueios que impedem o progresso. É urgente superar a influência de grupos de interesse, a normalização da corrupção e a inação perante a injustiça.

Com o objetivo de edificar um futuro baseado na verdade e na justiça, a associação aponta quatro prioridades centradas na pessoa humana, na ação política alinhada com a realidade e na liderança inspirada pelo amor.

O primeiro desafio insta o Governo a restaurar um Estado exemplar no cumprimento das suas obrigações. A ACEGE critica o atraso nos pagamentos estatais a fornecedores, que causa sofrimento económico, e apela ao Estado para se tornar um pagador responsável. Propõe a liquidação total das dívidas vencidas até ao final de 2025 e o cumprimento rigoroso dos prazos a partir de 2026.

Em segundo lugar, a ACEGE sugere o fomento de uma cultura empresarial que seja ética e socialmente consciente. Empresas geridas de forma responsável são ferramentas essenciais na luta contra a pobreza e na criação de valor. Defende que o Governo reconheça positivamente as empresas com boas práticas que contribuem para a sustentabilidade e uma economia mais justa.

A terceira prioridade passa por mobilizar a sociedade civil e os setores não estatais para o desenvolvimento nacional. A associação argumenta que o Estado não tem capacidade para resolver sozinho grandes desafios como a saúde, habitação, educação e combate à pobreza, sublinhando a necessidade de colaboração entre os setores público, privado e social.

Por fim, o quarto desafio foca-se na necessidade de aliviar a carga fiscal sobre os cidadãos. O objetivo é aumentar o rendimento disponível dos portugueses e incentivar o cumprimento das obrigações fiscais. A ACEGE pede que o Governo promova reduções anuais de impostos ao longo da legislatura.

Estes desafios representam caminhos concretos para o progresso, e a ACEGE manifesta disponibilidade para colaborar com o Governo e outras entidades empenhadas na construção de um país mais competitivo, ético e solidário.