O Bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, presidiu este domingo, na Sé da cidade, ao Jubileu dos Sacerdotes, uma ocasião em que dirigiu palavras de incentivo e desafio ao clero da diocese dos Açores.
Durante a celebração, que também marcou a ordenação de sete novos diáconos permanentes, D. Armando sublinhou a necessidade de um "novo impulso na fraternidade presbiteral", destacando que esta deve ter raízes numa vida espiritual forte e num encontro profundo com Deus e a Sua Palavra. Esta base é fundamental para a serenidade no ministério e para a construção de laços de amizade entre os sacerdotes.
O prelado também exortou o clero a empenhar-se na concretização da sinodalidade. Citando reflexões papais, D. Armando lembrou que a sinodalidade é uma característica intrínseca da Igreja desde os seus primórdios, não uma novidade recente, e que é crucial para uma comunhão viva e uma evangelização mais eficaz.
Para o Bispo de Angra, a sinodalidade traduz-se na prática da comunhão que habilita as comunidades cristãs a evangelizar melhor e a desenvolver uma cultura social baseada no diálogo, na aceitação e na convivência fraterna. Este caminho, frisou, requer a colaboração e corresponsabilidade de todos os membros da Igreja.
Dirigindo-se aos sete homens ordenados diáconos permanentes (quatro casados e três solteiros), D. Armando desafiou-os a serem "ministros da esperança" numa sociedade marcada pela incerteza. Os diáconos são chamados a estar presentes nos lugares de sofrimento e fragilidade humana, como hospitais, prisões e lares, atuando como servidores e "lavadores de pés" junto dos mais vulneráveis.
O bispo esclareceu que o diácono é ordenado para o ministério, distinguindo-se do sacerdócio, e que o seu papel é essencial para a unidade entre a fé e a vida quotidiana, impulsionando a Igreja a estar presente nos diversos ambientes onde as pessoas vivem, trabalham e enfrentam dificuldades. Os novos diáconos servirão nas ilhas de São Miguel, Terceira e Pico.
D. Armando Esteves Domingues expressou ainda a sua gratidão aos sacerdotes que celebraram jubileus de ordenação (25, 50 e 60 anos), reconhecendo a sua vida de entrega e dedicação ao serviço da Igreja e do povo açoriano, e a importância da sua contribuição para a comunhão no presbitério diocesano.