O diretor da Cáritas Jerusalém, Anton Asfar, descreveu a condição em Gaza como "catastrófica". Ele também destacou a difícil situação dos deslocados na Cisjordânia, que carecem de bens essenciais, enquanto as equipes humanitárias atuam em condições perigosas em toda a Palestina.

Asfar salientou a falta crítica de remédios, comida e água potável em Gaza. A Cáritas mantém 122 colaboradores em dez locais médicos em Gaza, enfrentando perigo constante. O diretor enfatizou o risco de atuar em Gaza, que ele chamou de "verdadeira zona de não-direito". Embora tenham levado suprimentos durante um período de calma, os recursos estão se esgotando. A organização monitora a segurança das suas equipes de perto.

Apesar dos riscos aumentados e de uma breve pausa para avaliação, a Cáritas retomou suas operações rapidamente devido à urgência das necessidades. Asfar declarou que a entidade está na vanguarda da assistência humanitária, cumprindo seu papel como "braço social da Igreja". A comunicação em Gaza é difícil; ele mencionou o contato com a paróquia local, onde o pároco teve dificuldades para obter sinal de comunicação.

Na Cisjordânia, a organização foca em fortalecer a resiliência da comunidade local. O diretor observou "mudanças significativas", incluindo a construção de novos muros e postos de controle que restringem severamente a circulação. Ele relatou que a região está "paralisada" pela falta de liberdade de movimento, citando a presença de cerca de 900 barreiras.

Com aproximadamente 200 mil desempregados na Cisjordânia, a Cáritas apoia a economia local, oferecendo recursos como sementes para agricultura e pequenos financiamentos para negócios. Além disso, cerca de 40 mil palestinianos estão deslocados internamente em campos como Jenin, Nour Shams e Tulkarem, necessitando urgentemente de alimentos, higiene e outros itens básicos. A Cáritas planeja expandir a assistência com clínicas móveis e suporte psicológico na área norte.