Diretamente do Vaticano, o Papa Leão XIV comunicou recentemente a postura da Igreja Católica em relação à unificação da data da celebração da Páscoa entre as diversas confissões cristãs.

O Pontífice destacou a relevância desse objetivo, que remonta ao antigo Concílio de Niceia, e expressou sua tristeza pelo fato de as divergências calendáricas impedirem que os seguidores de Cristo compartilhem a celebração mais significativa do calendário litúrgico. Segundo o Papa, essa divisão gera dificuldades práticas nas comunidades, separa famílias e diminui o impacto do testemunho cristão no mundo.

Falando aos participantes de um evento sobre a unidade Católico-Ortodoxa, realizado na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, Leão XIV reforçou o posicionamento anteriormente adotado pelo Papa Francisco.

Reafirmo a prontidão da Igreja Católica em colaborar para encontrar uma solução ecuménica que permita uma celebração conjunta da ressurreição do Senhor, fortalecendo assim a eficácia do nosso anúncio do Evangelho

Ao concluir sua fala, o Papa Leão XIV salientou que a tão desejada unidade não virá apenas dos esforços humanos ou de planos elaborados, mas será um dom concedido "segundo a vontade de Cristo e pelos meios que Ele escolher".

A disparidade nas datas da Páscoa surgiu no século XVI, quando a Igreja Católica Romana adotou o calendário gregoriano, introduzido pelo Papa Gregório XIII. Já as Igrejas Ortodoxas Orientais continuaram a basear o cálculo da Páscoa no calendário juliano, que era universalmente utilizado antes da reforma gregoriana e que serviu de base para as definições do Concílio de Niceia.