Na localidade de Formia, situada em Itália, decorreu a reunião anual de balanço do Conselho Geral dos Missionários Espiritanos.

Esta etapa regular do ciclo de "programar, cumprir, avaliar" é vista como essencial para combater inércias e garantir o foco na missão. O encontro, realizado num centro de espiritualidade à beira do Mar Tirreno, oferece o ambiente sereno necessário para a introspeção e a verificação do mandato recebido.

A área circundante a Formia é rica em história e significado religioso, próxima de locais inspiradores como Montecassino, emblemático pela espiritualidade beneditina do trabalho e oração ('Ora et Labora'), e Gaeta, antiga cidade portuária ligada a episódios históricos da Igreja, incluindo a estadia do Papa Pio IX e a inspiração que ali teve para a proclamação do dogma da Imaculada Conceição.

Durante a semana de trabalhos, o Conselho debruçou-se sobre o nível de cumprimento dos compromissos assumidos, resultantes de orientações anteriores. A avaliação abrangeu as diversas frentes de atuação da congregação nos mais de 60 países onde está presente, analisando temas como a evangelização, a vivência espiritual, a formação de novos membros, a gestão financeira, o empenho na justiça e paz, a ecologia, a solidariedade e o diálogo inter-religioso.

A análise foi conduzida com transparência, reconhecendo os avanços significativos, mas também os desafios persistentes que exigem atenção continuada. Tópicos sensíveis, como a prevenção de abusos, foram abordados com a seriedade devida, reafirmando o respeito incondicional por cada pessoa.

Após o regresso, a perspetiva já se direciona para o próximo Conselho Geral Alargado, que terá lugar em Paris. Esta cidade, por ser o berço da fundação Espiritana, assume um valor simbólico particular. O encontro na capital francesa, que reunirá representantes de todo o mundo, servirá para uma avaliação mais abrangente dos últimos quatro anos e para definir as estratégias e prioridades para os próximos tempos, até ao Capítulo Geral de 2029. A consciência da rapidez do tempo reforça a necessidade de eficácia na concretização da missão, lembrando a importância de construir uma sociedade onde a humanidade plena preceda a fé.