A Diocese de Setúbal partilhou recentemente as conclusões das auscultações realizadas a nível local sobre o documento final do Sínodo dos Bispos, identificando áreas cruciais para o futuro da comunidade católica na região.

Entre as sugestões mais enfatizadas durante os encontros promovidos nas diversas vigararias, destacam-se claramente a criação de uma pastoral dedicada especificamente ao universo do trabalho e ao apoio aos mais desfavorecidos, assim como o reforço da participação e do papel dos jovens nos processos de decisão dentro da Igreja.

A síntese destes debates, que envolveram 211 participantes representando paróquias e comunidades – incluindo leigos, sacerdotes, diáconos e até um observador protestante –, evidencia um anseio por concretizar o espírito sinodal na prática diária.

O objetivo primordial é foster a construção de comunidades que se caracterizem por serem mais acolhedoras, dinâmicas na participação dos seus membros, audazes na sua missão e íntegras na sua gestão.

Temas como a necessidade de “formação” (mencionada seis vezes), a importância do “acolhimento” (doze vezes, entre o substantivo e o verbo) e a promoção do “diálogo” (quatro vezes) surgiram recorrentemente nos contributos recolhidos, sublinhando valores essenciais para o caminho a seguir.

As sessões de escuta, que decorreram ao longo de fevereiro e março, seguiram a metodologia de partilha e discernimento proposta pelo Sínodo dos Bispos, processo este que, a nível universal, continua a sua fase de implementação e acompanhamento, com uma assembleia eclesial planeada para 2028.