O Vaticano deu um passo significativo no caminho para a santidade, com o reconhecimento do martírio de 174 fiéis que perderam a vida por causa da fé em dois contextos históricos dolorosos: a Guerra Civil na Espanha e a perseguição sob o regime nazista na França.

A decisão papal, que abre portas para a beatificação desses indivíduos, foi anunciada após um encontro com o responsável pelo Dicastério para as Causas dos Santos.

Um dos grupos de mártires espanhóis inclui o padre Manuel Izquierdo Izquierdo e 58 companheiros da Diocese de Jaén, vítimas fatais entre 1936 e 1938 durante o conflito civil.

Outro conjunto de mártires na Espanha é composto por Antonio Montañés Chiquero, sacerdote diocesano, e 64 companheiros, também de Jaén, que morreram entre 1936 e 1937.

Relativamente aos mártires do nazismo na França, o grupo é formado por 50 pessoas, entre elas o padre Raimond Cayré, um religioso franciscano, um seminarista, um leigo e 46 outros companheiros. Eles foram executados por ódio à fé entre 1944 e 1945.

A perseguição na França ocorreu no contexto do governo colaboracionista com os nazistas, que impôs trabalho forçado na Alemanha. Muitos católicos, incluindo sacerdotes e leigos, que acompanhavam e apoiavam esses trabalhadores em segredo, foram presos e torturados, morrendo em campos de concentração.