Angola celebra dia da paz e reconciliação com foco nos 50 anos de independência

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11/abr/2025

Os Angolanos celebram o dia da paz e da reconciliação nacional com foco nas celebrações dos 50 anos de independência nacional. Dom José Manuel Imbamba, Presidente da CEAST, lança apelos aos políticos para colocarem o cidadão no centro das suas preocupações.

Por Anastácio Sasembele, em Luanda  

Com visões discordantes quanto aos ganhos, o tema da paz e da reconciliação nacional continua a dominar a agenda política em Angola, no ano em que o país celebra 50 anos de independência nacional.

Celebrados a 4 de abril último, os 23 anos de paz, constituem para os angolanos o segundo maior bem da história do país depois da independência alcançada em 11 de novembro de 1975.

O Governo angolano sustentado pelo partido MPLA desde 1975 considera que a paz conquistada tem de ser consolidada todos os dias e que os cidadãos precisam de caminhar juntos na construção da estabilidade e no fortalecimento e respeito pela cidadania.

Esperança da Costa, Vice-presidente da República de Angola Esperança da Costa, Vice-presidente da República de Angola

Esperança da Costa, Vice-presidente da República de Angola   (Anastácio Sasembele, Radio Ecclesia (Angola))

Esperança da Costa, Vice-presidente da República de Angola, diz que os ganhos da paz em Angola são evidentes e reflectem-se nos mais variados domínios, nomeadamente no desenvolvimento do capital humano, ensino, formação técnico profissional, saúde, estradas e infra-estruturas.

De modo a aumentar as taxas de escolaridade a todos os níveis e em todo o território nacional, o Executivo angolano "continua a realizar investimentos em infra-estruturas escolares para o alargamento da rede escolar, para que mais angolanos tenham acesso ao sistema de educação e ensino", bem como, “investimentos no sector da saúde”, refere a governante.

Para a UNITA, maior partido na oposição, volvidos 23 anos de paz, o balanço é mitigado, pois Angola vive uma grave crise económico-financeira e social de que não se tem memória.

Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, caracteriza o actual ambiente social com o aumento da pobreza, o aumento do índice de desemprego com ênfase na juventude em idade activa, a subida vertiginosa dos preços dos produtos da cesta básica, a desvalorização da moeda e a consequente perda do poder de compra dos trabalhadores, entre outros desafios.

Dom José Manuel Imbamba, Presidente da CEAST Dom José Manuel Imbamba, Presidente da CEAST

Dom José Manuel Imbamba, Presidente da CEAST   (Anastácio Sasembele, Radio Ecclesia (Angola))

E o arcebispo de Saurimo e Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) lança um apelo aos políticos para que se abram mais para Angola e coloquem o cidadão no centro das suas preocupações. 

Dom José Manuel Imbamba diz que a paz e a reconciliação nacional não podem ser temas só para os políticos.

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