Poucos dias antes da viagem do Papa Francisco à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura, um breve documentário editado por Marianna Beltrami e Sebastiano Rossitto mergulha nas árvores, nos cursos d’água, em milhares de espécies vivas e na população indígena para mostrar uma Igreja alegre, viva e solidária
Vatican News
Bornéu, uma ilha dividida entre Indonésia, Malásia e Brunei, contém uma das três maiores florestas tropicais da Terra, juntamente com a Amazônia e a Bacia do Congo. Muitas vezes, quando pensamos em florestas, vêm à nossa mente imagens destacadas das nossas sociedades, mas são lugares habitados por grandes comunidades indígenas, ricas em tradição e vida, e onde a Igreja local é ativa, vibrante e criativa. Tudo isso pode ser visto no breve filme documentário no qual as Irmãs de etnia Dayak vivem e trabalham junto com um grupo indígena. O que mais se destaca é a harmonia e a bela mistura dos costumes e tradições dos Dayak e a vida religiosa nos vilarejos remotos da floresta tropical de Sintang e Temanang.
Uma Igreja jovem e solidária
Com a proximidade da visita do Santo Padre à Indonésia, este breve documentário mostra apenas uma das muitas realidades presentes no arquipélago, no meio da floresta de Bornéu. O que perpassa nas imagens é a vida cotidiana das Irmãs de Caridade de Santa Joana Antida, quase todas do grupo étnico Dayak, dedicadas a atividades de apoio à comunidade, como a gestão da creche e da instrução, a vida no convento, entre momentos de oração com as jovens Dayak e alegres karaokês e shows ao redor da fogueira. O documentário é editado por Marianna Beltrami e Sebastiano Rossitto, jovens documentaristas que, respectivamente do Reino Unido e da Itália, juntaram-se às Irmãs Dayak para conhecer uma Igreja jovem e sinodal, onde a ecologia integral é ligada ao tecido cotidiano, comunitário e espiritual onde ecoa as palavras do Papa expressas na encíclica Laudato si’.
As boas-vindas da comunidade indígena
A acolhida da equipe foi cheia de emoção. Temanang é um pequeno vilarejo na floresta, acessível depois de quatro horas de carro em uma estrada de chão a partir de Sintang, que, por sua vez, fica a oito horas de distância da cidade principal, Pontianak. A área não é frequentada pelo turismo, portanto, receber convidados gerou grande entusiasmo e “orgulho” em todos os habitantes.
As boas-vindas, que podem ser vistas nos primeiros minutos do documentário, foram emocionantes: uma cerimônia em que os anciãos deram a cada um dos membros da equipe uma estola e um chapéu com bordados típicos dos Dayak. Também foram emocionantes as saudações do chefe da aldeia, do sacerdote, do catequista e das mulheres, seguidas por uma manhã inteira de danças de grupos de todas as idades, dos cinco aos quarenta anos. De volta a Sintang, a base atual das Irmãs, a equipe vivenciou e conheceu outras celebrações dos grupos Dayak, felizes por poderem mostrar suas belas tradições e danças para as câmeras.
Um modelo de ecologia integral
São realidades onde tudo permanece autêntico e onde a presença da Igreja, que será confirmada na fé pela presença do Sucessor de Pedro, apenas enriquece um tecido social já caracterizado por um forte sentido comunitário, sem impor outros modos de ser, mas se entrelaçando com harmonia e paz entre si e com a Criação. As Irmãs são um grande exemplo disso e, nesses lugares remotos, trabalhando junto com os nativos, elas conseguiram criar um microcosmo de ecologia integral, onde o homem é solidário com o homem e a natureza, sem práticas abusivas e exploração.
Recordamos que a viagem do Papa à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura ocorrerá de 2 a 13 de setembro, com dezesseis discursos, quatro homilias, tantos quantos forem os países que Francisco visitará ao longo de doze dias. É a mais longa peregrinação internacional do pontificado do Papa Francisco. Nunca ele esteve fora do Vaticano por tanto tempo e tão longe.
Fonte (Vatican News)
Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.
A opinião do post não é necessariamente a opinião do nosso blog!