Cimeira Empresarial EUA-África em Luanda termina com acordos milionários
A capital angolana, Luanda, foi palco do encerramento da Cimeira Empresarial Estados Unidos – África, um evento de quatro dias que promoveu intensos debates e
O congelamento imposto pelo governo Trump aos subsídios destinados à cooperação internacional é uma decisão que está colocando em risco todo o sistema de ajudas humanitárias. A fundação “Terre des Hommes” expressa forte preocupação com uma escolha que põe em risco a vida de tantas pessoas que vivem em contextos extremamente frágeis. Diretor Ferrara: “Precisamos voltar às palavras de paz”
Gianmarco Murroni – Vatican News
Mais de 15 mil famílias correm o risco de ter suas vidas ameaçadas pelo congelamento dos fundos da US Agency for International Development (UsAid), a agência de cooperação internacional dos Estados Unidos. Essa é a preocupação expressa pela Terres des Hommes Italia, uma fundação ativa na defesa dos direitos das crianças e na promoção do desenvolvimento, cujos programas podem ser suspensos após o bloqueio dos financiamentos decidido pelo governo Trump. “Os Estados Unidos são os maiores doadores internacionais. Cerca de 42 bilhões de dólares passam pelo sistema de cooperação estadunidense. Isso significa que muitos projetos foram bloqueados, projetos que financiam, por exemplo, hospitais, intervenções em campos de refugiados, programas de apoio a pessoas que estão fugindo de uma guerra ou atividades relacionadas ao apoio a países muito pobres”. São palavras de Paolo Ferrara, diretor geral da Terres des Hommes Italia. “Estima-se que 90 milhões de pessoas sejam afetadas por essa decisão, que se refere não apenas a projetos futuros, mas principalmente projetos em andamento.”
“Atualmente temos projetos que foram suspensos em campos de refugiados iraquianos assim como em contextos como o Líbano, onde o recente conflito entre o Hezbollah e Israel agravou ainda mais a situação. Estimamos que haja pelo menos milhares de pessoas, a maioria delas crianças, que não receberão mais apoio por meio de nossas intervenções que envolvem distribuição de alimentos, apoio psicológico e educação. E é uma situação que vai piorar nos próximos meses”, continua Ferrara, que explica que os fundos estão bloqueados em vários níveis: “As Nações Unidas estão cortando pessoal e suas intervenções devido à falta de fundos dos EUA. As decisões do governo estadunidense nos próximos meses se tornarão estruturais, o que levará a um verdadeiro abandono das intervenções humanitárias em várias partes do mundo”.
Os países mais afetados são principalmente os que estão em situação de guerra ou saindo de conflitos. Em particular, no continente africano: “É para lá que era enviada a maior parte dos fundos norte-americanos e é lá que provavelmente veremos a situação piorar. Um dos países mais afetados é o Sudão, uma nação que atravessa décadas de guerra, com um nível de pobreza catastrófico. Mas também a Etiópia ou o Congo, que atualmente está passando por outra guerra civil e onde a ajuda humanitária está paralisada. Há muitos países, especialmente na África, onde o sistema de saúde dependia muito da ajuda dos EUA”. O problema, de acordo com Ferrara, é que “será difícil para outros doadores da União Europeia ou outros governos complementarem essa cota gigantesca disponibilizada pelo sistema dos EUA. Gigantesca, mas na realidade muito pequena em comparação com o orçamento federal estadunidense: estamos falando de menos de 1% do orçamento”.
Uma situação que corre o risco de ser ainda mais dramática na Palestina: “Neste momento, temos toneladas de medicamentos parados nas fronteiras da Jordânia, apesar dos anúncios de desbloqueio dos comboios humanitários. A mesma situação está ocorrendo na Faixa de Gaza. Os anúncios de Trump de querer transformar um território como a Faixa de Gaza, habitado por 2 milhões de pessoas, em uma nova grande vila turística não ajudam. Tudo isso gera incerteza, preocupação e raiva e dificulta muito a ação”. Além disso, “isso contribui para o fracasso das negociações de paz e há o risco de que a trégua estabelecida seja novamente interrompida, bloqueando ainda mais a pouca ajuda humanitária que conseguimos levar nas últimas semanas. Estamos falando de vidas humanas: já perdemos tantas nesses meses, mas ainda há centenas de milhares de pessoas cujas vidas correm o risco de nunca mais voltar ao normal”.
O próprio Papa Francisco, por outro lado, frequentemente nos lembra como é crucial transformar os gastos militares em investimentos contra a fome e a falta de assistência. “O Papa nos ilumina com suas palavras: pensamos que o orçamento de nossos governos para gastos militares é significativamente maior do que qualquer ajuda humanitária. Nosso compromisso deve ser o de nos lembrarmos todos os dias da importância da paz. A paz cria desenvolvimento, cria prosperidade, cria as condições para que todo o nosso planeta possa viver de maneira mais digna. Os gastos militares apenas agravam o clima de conflito, apenas agravam uma espécie de competição para gritar e ameaçar cada vez mais alto, e retiram recursos não apenas da ajuda humanitária, mas também do bem-estar de nossos países, da educação e da instrução de nossos filhos. Devemos voltar a fazer com que as palavras do Papa, as palavras de paz, sejam ouvidas em alto e bom som: somente assim poderemos tentar reconstruir um mundo que seja verdadeiramente humano”.
A capital angolana, Luanda, foi palco do encerramento da Cimeira Empresarial Estados Unidos – África, um evento de quatro dias que promoveu intensos debates e
O Sumo Pontífice Leão XIV concedeu uma audiência ao presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova. O encontro ocorreu
Jonathan Roumie, o ator conhecido por interpretar Jesus na popular série “The Chosen”, encontrou-se com o Papa Leão XIV na quarta-feira, 25 de junho de
Celebrando o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, o Sumo Pontífice, Papa Francisco, enviou uma importante mensagem à Igreja. Ele ressaltou uma verdade
A Ilha da Madeira acolhe um retiro espiritual destinado ao clero, que será orientado pelo Cardeal D. Manuel Clemente, Patriarca emérito de Lisboa. Esta iniciativa
A solenidade de Corpus Christi ganhou um toque especial e inspirador dentro de uma casa brasileira. Um grupo de irmãos decidiu recriar a tradicional procissão