Casa Esperança: compromisso da Igreja de Manaus para superar a violência sexual contra crianças e adolescentes



A Arquidiocese de Manaus inaugurou nesta sexta-feira 07 de fevereiro a Casa Esperança, uma manifestação concreta do compromisso da Igreja católica com a vida e a esperança, sobretudo junto aos mais vulneráveis. Um espaço que pode ser considerado um sinal neste Ano Jubilar, um sinónimo de proteção, acolhimento, apoio, de busca por justiça e de esperança para a superação das adversidades a que são submetidas crianças, adolescentes e suas famílias.

Padre Modino – Vatican News

A Arquidiocese de Manaus inaugurou nesta sexta-feira, 07 de fevereiro, a Casa Esperança, uma manifestação concreta do compromisso da Igreja católica com a vida e a esperança, sobretudo junto aos mais vulneráveis. Um espaço que pode ser considerado um sinal neste Ano Jubilar, um sinônimo de proteção, acolhimento, apoio, de busca por justiça e de esperança para a superação das adversidades a que são submetidas crianças, adolescentes e suas famílias.

Será um espaço gratuito para atendimentos psicológico, jurídico e social, tanto presencial quanto on-line, dado que esse serviço estará disponível para as nove igrejas locais que fazem parte do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1). Na Casa Esperança serão desenvolvidas atividades na linha da prevenção, da capacitação de lideranças comunitárias e profissionais, de estudo e pesquisas, e de articulação com a rede de proteção para o fortalecimento de políticas públicas direcionadas à infância e à adolescência.

A assistência psicológica voltada à temática é uma prática na Arquidiocese de Manaus há 13 anos por meio do Serviço de Atendimento Psicológico Familiar (SAPFAM). Agora, em um desdobramento do Projeto Iça – Ação e Proteção, sob responsabilidade da Cáritas Arquidiocesana de Manaus que vem realizando ações de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, em parceria com a Rede de Proteção e o Sistema de Garantia de Direitos, é dado um passo a mais.

Uma ação mais do que necessária, dado o alto número de vítimas, que quer ser símbolo de superação e de esperança. Algo que aparece na simbologia da Casa, onde aparece uma folha de imbaúba, uma das primeiras árvores que nasceu depois que a floresta pegou fogo, sinal de resistência e de teimosia em querer viver. É por isso que estamos diante de uma Casa que acolhe, Casa que protege, Casa que busca por justiça, Casa que é sinal do Reino de Deus entre nós, na luta por uma cultura protetiva e respeitosa pelo direito de ser criança, adolescente e mulher. Mais um sinal de que é tempo de esperançar.

Na inauguração, que contou com a participação de representantes da Igreja católica e da sociedade civil, estavam presentes vários bispos do Regional Norte 1. O arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, agradeceu a todas as pessoas que tornaram possível a Casa da Esperança, contribuindo de diversos modos, afirmando que “cada um, dedicadamente, fez o melhor para que essa casa pudesse estar hoje no ponto em que está”. O cardeal agradeceu o trabalho de coordenação do bispo auxiliar, dom Hudson Ribeiro, que coordenou os trabalhos para tornar realidade “esse belíssimo serviço evangelizador da nossa arquidiocese, da nossa Igreja católica”.

O arcebispo de Manaus expressou o desejo de que as crianças “se aproximem, através da nossa receptividade, do nosso modo, do nosso jeito, das nossas mãos, do nosso silêncio, das nossas palavras”, pedindo que “sejamos para elas uma bênção”. O cardeal Steiner disse que “nós desejamos ser mais, desejamos ser uma cura, para que elas tenham um futuro, se sintam profundamente pessoas integradas na sua afetividade, na sua sexualidade, desejamos que elas sejam curadas integralmente, para que possam ser na nossa sociedade, presença viva”.

Ele afirmou que “Deus que se fez nossa humanidade, Ele nos ajudará a sermos sempre muito receptivos nessa casa”, pedindo “união para que o abuso seja superado”, e junto com isso, “todos darem as mãos para podermos enfrentar essa questão”, sendo a casa do encontro, encontro com a dor para superá-la, encontro com o consolo para ser presença de consolo”.

Uma casa que segundo o testemunho de uma mulher, já atendida pela Arquidiocese de Manaus, que viu como sua neta foi vítima de abuso por parte do pai, é um local que “traz nova esperança para quem não tem mais, que traz vida para quem já morreu”. Ela disse ver na casa uma obra de Deus, presente no trabalho dos profissionais, que conseguem ir além daquilo que deveriam fazer como profissionais.



Fonte (Vatican News)

Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.

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