Cássia celebra os 125 anos de canonização de Santa Rita

24/maio/2025


Foi Leão XIII, em 24 de maio de 1900, quem elevou às honras dos altares a monja agostiniana, mulher mansa e de fé firme, que semeou a paz ensinando a responder ao mal com o bem. As religiosas e os religiosos da Ordem de Santo Agostinho comemoram a data nesta sexta-feira, 23 de maio, com um terço meditado, e na noite de sábado (24/05), com cenas teatrais e reflexões espirituais para relançar a mensagem de Rita de esperança, amor e perdão.

Tiziana Campisi - Vatican News

Era 22 de maio de 1457 quando a Irmã Rita Lotti, uma monja agostiniana, deixou este mundo. A sua vida exemplar era bem conhecida por muitos: ascetismo, contemplação, oração e penitência eram sua rotina diária, na qual também dava espaço ao serviço aos pobres e doentes. Por esse motivo, quando a notícia da sua morte se espalhou, muitos se reuniram para obter milagres e venerá-la.

Devido ao grande culto que recebia, ela não foi enterrada, e seu corpo foi colocado em um caixão. Desde o início, as autoridades municipais de Cássia registraram os prodígios ocorridos por sua intercessão no Codex miraculorum (o Código dos Milagres), entre eles, o de um cego que recuperou a visão. Mas a canonização aconteceria séculos depois: Rita foi proclamada santa em 24 de maio de 1900, por Leão XIII.

As iniciativas para o os 125 anos de canonização

125 anos depois, na tarde desta sexta-feira (23/05), para celebrar o aniversário e comemorar a data, em Cássia, na basílica dedicada a ela, as monjas do mosteiro onde Rita viveu e os religiosos agostinianos irão rezar juntos o terço, alternando-se na proclamação dos cinco mistérios. É possível acompanhar o momento de oração ao vivo no canal do Mosteiro no YouTube. Já na noite deste sábado (24/05), na Sala della Pace do Santuário de Santa Rita, será realizada o evento “Rita, santa da esperança”, que reconstituirá os principais momentos da vida de Santa Rita e destacará sua mensagem em uma alternância de cenas teatrais e reflexões espirituais. As representações, a cargo de jovens do grupo de teatro F.U.P.S. de Cássia, introduzirão as reflexões de quatro religiosos e religiosas da família agostiniana (Padre Juraj Pigula, Padre Rocco Ronzani, Madre Giacomina Stuani e Irmã Elisabetta Tarchi) que explorarão os temas da esperança, do amor, da fé, do perdão e da paz na mensagem de Santa Rita.

A beatificação

Rita foi beatificada em 2 de outubro de 1627 por Urbano VIII. O processo foi realizado em Cássia, na igreja de São Francisco, e em sua conclusão o Pontífice concedeu à diocese de Spoleto e aos religiosos agostinianos a faculdade de celebrar a missa em honra da beata. Em seguida, em 4 de fevereiro de 1628, estendeu-a às igrejas agostinianas e ao clero secular. 

Proclamada santa por Leão XIII

O processo para sua canonização foi muito longo, inclusive porque foi interrompido várias vezes. Foi iniciado pelos agostinianos em 1737, juntamente com o município de Cássia. Após várias eventos, foi reaberto em 1853. No entanto, foi somente em 1887 que o processo deu uma guinada para melhor devido a um novo milagre. Em 25 de fevereiro de 1896, foi publicado o decreto sobre as virtudes heroicas. Em 1899, entre os vários milagres considerados úteis para a canonização, foram aprovados o perfume que se espalhava do corpo da santa e a cura de doenças incuráveis. Mas Rita de Cássia foi proclamada santa no ano seguinte.

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