Segundo o presidente do CCEE, dom Gintaras Grušas, cada um dos apelos do Papa Francisco, “cada uma das suas palavras são agora parte integrante do nosso compromisso como bispos da Europa, para que uma verdadeira civilização do amor possa ser afirmada”.
Vatican News
“O Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) se une à Igreja no mundo inteiro no luto pela morte do Papa Francisco e convida os bispos de toda a Europa a celebrar missas de sufrágio pela alma do Pontífice e pela Igreja Católica, que agora enfrenta o desafio de dar um novo sucessor a Pedro”, escreve numa nota o presidente do CCEE, dom Gintaras Grušas, arcebispo de Vilnius, Lituânia.
“O Papa “que veio do fim do mundo”, o primeiro Papa da América Latina, foi também um Papa “europeu”, e sentimos a sua profunda proximidade durante as suas viagens à Europa, e também nos seus numerosos apelos para o fim da guerra que eclodiu no coração da Europa, na Ucrânia”, recorda o prelado.
“Nos seus últimos discursos, o Papa falou de uma Europa chamada a “ser profética” para alcançar novamente o dom da paz. Sabemos que o Papa se referia à ideia cristã de paz, àquela tranquilidade a que todos aspiramos, conscientes de que a paz não é, nem pode ser, apenas a ausência de guerra.”
“Façamos nossas as palavras proféticas do Papa Francisco e as coletemos como um legado para a Igreja na Europa. O Papa, durante seu pontificado, não deixou de nos inspirar em muitas ocasiões. Pediu à Europa que se redescobrisse, alertou para o inverno demográfico que atinge o nosso continente, sublinhou o papel da família, condenou a “cultura do descarte”, infelizmente muito presente na cultura moderna”, ressalta dom Grušas.
Segundo o arcebispo, cada um dos apelos do Papa Francisco, “cada uma das suas palavras são agora parte integrante do nosso compromisso como bispos da Europa, para que uma verdadeira civilização do amor possa ser afirmada”.
Ele recorda que “na missa celebrada com os participantes da nossa plenária por ocasião do quinquagésimo aniversário da CCEE, em 23 de setembro de 2021, o Papa Francisco disse: “Os grandes reconstrutores da fé do Continente fizeram o mesmo – pensemos nos Padroeiros. Eles arriscaram a sua pequenez, confiando em Deus. Penso nos Santos, como Martinho, Francisco, Domingos, Pio, que hoje recordamos; nos padroeiros como Bento, Cirilo e Metódio, Brígida, Catarina de Sena, Teresa Benedita da Cruz. Começaram por si mesmos, mudando de vida ao acolher a graça de Deus. Não se preocuparam com os tempos obscuros, as adversidades e algumas divisões, que sempre existiram. Não perderam tempo a criticar e a culpar. Viveram o Evangelho, sem se preocuparem com a relevância e a política”.”
“É este ensinamento, acima de tudo, que queremos levar em nossos corações, na recordação do Papa Francisco. A Deus Pai da Misericórdia, de quem o Santo Padre foi apóstolo incansável, elevamos as nossas orações para que o acolha nos seus braços”, conclui a nota.