Das cinzas ao fogo! – Vatican News



Nesta Quarta-feira de Cinzas começa a Quaresma, “uma escola do amor” para “rezar mais”; fazer do jejum “um ato de liberdade, mais do que uma norma”; e exercer a caridade junto aos sofredores “para ouvir e acolher sem julgar”, afirma Pe. Maicon Malacarne em artigo: “ao receber as cinzas sobre nossas cabeças, abrimos a vida ao estilo de Deus! Da Quarta-Feira de Cinzas até a Páscoa da Ressurreição, o convite é permitir que Deus possa nos transformar em colaboradores da sua obra de amor”.

Pe. Maicon André Malacarne*

Começamos hoje a Quaresma! De hoje até a Semana Santa, contamos 40 dias para viver uma escola do amor, um aprendizado que é «fazer menos» e permitir Deus «fazer mais» em nós. Isso é fundamental no caminho espiritual: abrir-se para uma comunhão/comunicação profunda com Deus. Não pode passar despercebido o convite de São Paulo aos Coríntios, da Segunda leitura: “deixai-vos reconciliar com Deus”. Deixar, permitir, aceitar, acolher…

No Brasil, um dos marcos da Quaresma é a Campanha da Fraternidade que não diminui em nada o coração deste caminho, mas qualifica e potencializa porque a conversão exige práticas para alcançar o seu objetivo. Neste ano, o tema é «Fraternidade e ecologia integral», e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Em comunhão com a Igreja, mãe e mestra, somos convidados a traduzir este compromisso de cuidado com todas as relações em exercícios quaresmais:

1. A Quaresma é tempo de rezar mais! A oração é um exercício de deixar que o Espírito que habita em nós possa crescer e ampliar a nossa vida! Rezar é mergulhar na vida de Deus, olhar a história com os olhos de Deus e o mais difícil: olhar-se com os olhos de Deus!

2. O jejum é um ato de liberdade, mais do que uma norma, é uma pedagogia, uma maturidade a ser alcançada. De um lado, o exagero do alimento, de outro, a falta. Entre a precariedade e o esbanjamento há o caminho da consciência. Jejuar é dizer que somos mais fortes do que a nossa vontade. O jejum amplia o olhar, a criatividade e ajuda a sermos mais generosos. É preciso aprender jejuar de tantas coisas!

3. A caridade é a escola da consciência! A verdadeira caridade quaresmal coloca-nos do lado dos mais sofredores para ouvir, acolher sem julgar, repartir, tocar e curar as feridas com o óleo da compaixão.

Ao receber as cinzas sobre nossas cabeças, abrimos a vida ao estilo de Deus! Da Quarta-Feira de Cinzas até a Páscoa da Ressurreição, o convite é permitir que Deus possa nos transformar em colaboradores da sua obra criada, obra de amor, como cuidadores e protagonistas da ecologia integral.

* professor de Teologia Moral e pároco da Paróquia São Cristóvão – diocese de Erexim/RS



Fonte (Vatican News)

Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.

A opinião do post não é necessariamente a opinião do nosso blog!

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