Dom Schröder, novo abade primaz dos Beneditinos: construir pontes para a paz



Jeremias Schröder, alemão, 59 anos, monge há 40, foi eleito pelos abades beneditinos de todo o mundo reunidos em Roma.

Vatican News

Hoje, 14 de setembro, foi eleito o novo abade primaz da Confederação Beneditina: é o alemão Jeremias Schröder, que completará 60 anos em dezembro, e até agora era abade presidente da Congregação de Sankt Ottilien, na Baviera. A eleição ocorreu durante o Congresso dos Abades, que está sendo realizado na Abadia Primacial de Sant’Anselmo, no monte Aventino em Roma. Estavam presentes mais de 200 abades beneditinos de todo o mundo.

Dom Schröder, monge beneditino há 40 anos, sucede ao norte-americano Gregory Polan. Estudou filosofia, teologia, história e arquivística no Pontifício Ateneo Sant’Anselmo e na St. Benet’s Hall de Oxford, e atuou como visitador em cerca de sessenta mosteiros, inclusive não beneditinos.

Em um comentário à mídia vaticana, coletado por Roberto Cetera imediatamente após a eleição, o novo abade primaz afirmou:

“O mundo está em chamas neste momento. Temos aqui a testemunha de abades que vêm de países em guerra, da Ucrânia, da Terra Santa. Na próxima semana, durante este Congresso, nós abades tentaremos refletir juntos sobre como podemos realizar o lema da nossa ordem, que é ‘Pax’, paz. Refletiremos sobre como podemos contribuir realmente para a paz através do trabalho de nossas comunidades, através do testemunho, através da construção de pontes entre as culturas. O Oriente e o Ocidente estão se separando. Os beneditinos têm a antiga missão de manter relação com as Igrejas orientais. Há algo em que realmente podemos contribuir e trabalharemos nisso.”

O Papa Francisco, ao encontrar os monges da Confederação Beneditina em 19 de abril de 2018, expressou sua “consideração e reconhecimento pelo relevante contributo que os Beneditinos têm dado à vida da Igreja, em cada parte do mundo, por quase mil e quinhentos anos”, vivendo o lema: Ora et labora et lege. Oração, trabalho, estudo:

“Nesta época, em que as pessoas estão tão ocupadas que não têm tempo suficiente para ouvir a voz de Deus, os seus mosteiros e conventos se tornam como oásis, onde homens e mulheres de todas as idades, origens, culturas e religiões podem descobrir a beleza do silêncio e reencontrar a si mesmos, em harmonia com a criação, permitindo a Deus restabelecer uma ordem justa em suas vidas. O carisma beneditino da acolhida é extremamente precioso para a nova evangelização, pois oferece a oportunidade de receber Cristo em cada pessoa que chega, ajudando aqueles que buscam a Deus a receber os dons espirituais que Ele tem reservado para cada um de nós.”

A Confederação Beneditina é formada pelas Congregações e mosteiros beneditinos da Igreja Católica. Foi fundada em 1893 pelo Papa Leão XIII com a bula “Summum Semper”. Hoje, os monges beneditinos no mundo são cerca de 7500, e as monjas beneditinas cerca de 13 mil.



Fonte (Vatican News)

Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.

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