A Mensagem de Fátima – Agência ECCLESIA
Este é um artigo do site ECCLESIA. Padre Vítor Pereira, Diocese de Vila Real Padre Vitor Pereira, Diocese de Vila Real Aqui há uns tempos,
Dez anos após os massacres do Daesh (Estado Islâmico) contra cristãos e yazidis, o patriarca de Bagdá dos Caldeus relembra o sofrimento compartilhado por todos os iraquianos: "Cada um de nós é responsável pelos outros e, quando estivermos mortos, Deus não nos perguntará se sou cristão ou muçulmano, mas "o que você fez com seu irmão?
Stefano Leszczynski – Vatican News
O mês de agosto, de dez anos atrás, simboliza uma tragédia coletiva que faz parte da memória de todo o Iraque. Cento e vinte mil cristãos foram obrigados, na noite de 6 para 7 de agosto, a abandonar suas casas e seus pertences sob o impulso assassino do autodenominado Estado Islâmico, e um povo inteiro, os yazidis, sofreu a tentativa de extermínio, com mais de 3 mil homens, mulheres, crianças e meninas mortos e pelo menos 6.800 pessoas, a maioria mulheres, crianças e meninas, sequestradas pelo Daesh. Uma tragédia que as Nações Unidas reconheceram como genocídio.
Foi "uma tragédia coletiva" para o povo iraquiano, disse o patriarca de Bagdá dos Caldeus, cardeal Louis Raphaël Sako, ao Vatican News. Uma tragédia que envolveu cristãos e outras minorias e que ainda permanece impressa em nossas mentes. É verdade que o Isis foi derrotado, mas sua ideologia continua forte, e não apenas no Iraque".
Eminência, o que resta ainda hoje do drama vivido pelos cristãos e outras minorias iraquianas há dez anos?
As pessoas não têm muita fé no futuro. Todos continuam a perguntar-se: quando teremos finalmente um Estado moderno, democrático, civil, onde todos possam ser cidadãos com iguais direitos e deveres? É também por esta razão que muitas pessoas partem e deixam o Iraque, não apenas os cristãos. Procuro conversar com as pessoas, tranquilizá-las dizendo que o mal não durará, que precisam ter paciência.
O que significa para o Iraque a ausência de cristãos na Planície de Nínive?
Os cristãos continuam temendo pela sua segurança porque o país não é estável e eles são uma pequena minoria. Além disso, todos estão preocupados com as tensões resultantes da crise no Oriente Médio.
É uma situação de angústia que une toda a população?
Tanto os cristãos da Planície de Nínive quanto os yazidis estão todos com medo. É preciso ser capaz de mudar a mentalidade que está na base das guerras, da vingança. É preciso saber dialogar e resolver os problemas não com armas, mas com diálogo. Um diálogo sério e corajoso. É preciso mudar os programas de educação escolar, a linguagem, os discursos que são feitos.
Existe alguma responsabilidade por parte do Ocidente pela situação que o senhor descreve?
O Ocidente é um pouco tímido diante daqueles que pensam que a única solução é a guerra. Como diz o Papa Francisco: a guerra nunca é uma vitória. Todos perdem! O problema do Ocidente é a indiferença. Todos estão focados na lógica do lucro e faltam valores morais e espirituais. Também podemos ver isto no que está acontecendo na Ucrânia. É triste!
O que nos ensina o que a comunidade cristã vive hoje, sem esquecer o genocídio dos yazidis pelas mãos do Daesh?
Nunca será fácil apagar esta memória. Continuam ocorrendo muitos atos de ódio, como o atentado que no ano passado, em Qaraqosh, causou mais de 133 mortes durante uma festa de casamento. E o genocídio dos yazidis... como podemos imaginar no século XXI que as mulheres sejam vendidas, separadas de suas famílias só porque são de outra etnia? Que valores existem? É uma coisa terrível, terrível, não apenas para nós, mas para o mundo inteiro, que não consegue impedir que coisas como esta aconteçam.
Eminência, qual é o seu apelo às sociedades do mundo para que abram novamente os olhos para a situação no Iraque?
Penso que não se deve esquecer estes irmãos e irmãs na humanidade. Somos irmãos e a vida é uma coisa esplêndida. Não se pode deixar que as pessoas morram sem fazer nada, quer isso aconteça no Iraque ou noutro local. Cada um de nós é responsável pelos outros e quando morrermos Deus não nos perguntará se sou cristão ou muçulmano, mas nos perguntará: o que você fez com seu irmão?
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