Revista de maio de detentos de Roma presta homenagem ao Papa Francisco
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O Santo Padre pede orações "especialmente pela martirizada Ucrânia, Oriente Médio, Palestina, Israel, Sudão e Mianmar."
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
Recordamos, nestes dias, o aniversário do bombardeamento atômico das cidades de Hiroshima e Nagasaki. Enquanto continuamos a confiar ao Senhor as vítimas daqueles acontecimentos e de todas as guerras, renovemos a nossa intensa oração pela paz, especialmente pela martirizada Ucrânia, pelo Oriente Médio, pela Palestina, por Israel, pelo Sudão e por Mianmar.
Francisco havia acabado de rezar o Angelus, quando ao iniciar sua série de apelos, recordou as explosões atômicas no Japão em 6 e 9 de agosto de 1945, para então reiterar o pedido a renovarmos "nossa intensa oração pela paz", tão necessária nestes tempos conturbados por uma Terceira Guerra Mundial em pedaços, segundo expressão cunhada pelo próprio Pontífice.
E justamente “Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a Vossa Paz”, foi o tema por ele escolhido para o 58º Dia Mundial da Paz, a ser celebrado em 1° de janeiro de 2025, como divulgado na última quinta-feira, 8 de agosto. O tema inspira-se nas Encíclicas Laudato Si' e Fratelli tutti e gira em torno dos conceitos de esperança e perdão, o coração do Jubileu 2025.
Nestes tempos em que guerras martirizam populações nos quatro cantos do planeta, não faltam os recorrentes apelos de Francisco em favor da paz, como o fez na última quarta-feira, ao final da Audiência Geral, quando ao manifestar preocupação pelo alastrar do conflito no Oriente Médio, assegurou sua oração "para que a busca sincera pela paz extingua as contendas, o amor supere o ódio e a vingança seja desarmada pelo perdão."
Na manhã de sábado o exército de Israel bombardeou uma escola na Faixa de Gaza onde pessoas deslocadas buscavam abrigo, com relatos de crianças mortas e feridas. "As escolas e os abrigos devem ser protegidos e esta violência contra as crianças deve acabar", disso o UNICEF em uma mensagem no "X". Os israelenses asseguram que o local abrigava terroristas do Hamas, alvo dos ataques que causaram vítimas também entre os civis.
Nos últimos 10 meses, mais de 50% das escolas utilizadas como abrigos em Gaza foram direcamente afetadas, com consequências devastadoras para as crianças e as famílias. "Escolas e abrigos não devem ser atacados. As crianças devem estar seguras", reiterou a agência da ONU para a Infância.
O mês de julho registou o maior número de vítimas civis na Ucrânia desde outubro de 2022, com um total de 219 mortes, informou a Missão de Monitorização dos Direitos Humanos das Nações Unidas no país (HRMMU). Ao mesmo tempo, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos - citado pela Save the Children - relata que em julho pelo menos 71 crianças foram mortas ou feridas na Ucrânia, um número que eleva para 2.184 o total de crianças atingidas desde início da guerra, com 633 mortas e 1.551 feridas.
No Sudão, os efeitos da guerra que já dura mais de um ano, são agora agravados pelas fortes chuvas e inundações que já afetaram dezenas de milhares de pessoas em todo o país, causando mais êxodos, feridos e mortes. Mais de onze mil pessoas, incluindo os refugiados hospedados no país e nas comunidades locais do Estado leste de Kassala, foram afetadas por estes eventos climáticos extremos das últimas duas semanas. Entre estes, muitas famílias recém chegadas, depois de terem fugido da violência no Estado de Sennar. Alguns já foram forçados a se deslocar três ou quatro vezes desde o início do conflito.
A guerra no Sudão começou em abril de 2023 - entre o exército regular e as Forças de Apoio Rápido (RSF), paramilitares - e já matou dezenas de milhares de pessoas, deslocou milhões e desencadeou uma grande crise humanitária e alertas de fome.
Um sinal de esperança surge depois que uma delegação sudanesa chegou à Arábia Saudita na última sexta-feira para conversações com mediadores estadunidenses sobre as condições de participação do governo nas negociações de cessar-fogo, que terão lugar em Genebra na próxima semana. Os Estados Unidos haviam convidado no mês passado os lados beligerantes do país africano a negociar um cessar-fogo.
Mianmar, país visitado pelo Papa em novembro de 2017, é fonte constante de suas preocupações, bem como o destino da minoria étnica Rohingya. O golpe militar, ademais em fevereiro de 2022, ademais, acabou mergulhando o país asiático em uma espiral de violência, com combates entre as regulares e rebeldes.
Notícias chegadas neste sábado, 10 de agosto, falam de um ataque com drone contra os Rohingya em fuga de Mianmar em direção a Bangladesh, e que provocou a morte de dezenas de pessoas, incluindo famílias com crianças. Testemunhas descreveram à Agência Reuters terem visto sobreviventes vagando entre pilhas de cadáveres para identificar parentes mortos e feridos.
Entre as vítimas do ataque, o mais mortal contra civis no Estado de Rakhine, há uma mulher em estado avançado de gravidez e a filha de dois anos.
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