Na Festa do Batismo do Senhor, o Papa concede o Sacramento a 21 filhos de funcionários do Vaticano na Capela Sistina. “Hoje mandam eles”, disse Francisco no início da celebração, “e nós devemos servi-los”. A recomendação habitual às mães para amamentarem os seus bebês se estes tiverem fome e de os trocarem se estiverem com calor.
Edoardo Giribaldi – Cidade do Vaticano
Choros e falas incompreensíveis foram os primeiros sons que, de forma natural e espontânea, ecoavam entre os afrescos e obras de arte da Capela Sistina. Uma combinação evocativa que se repete a cada ano na Festa do Batismo do Senhor, ocasião em que o Papa Francisco batiza filhos dos funcionários do Vaticano. Neste ano, eram 21 crianças.
“O maior presente, o dom da fé”
Antes da celebração, Francisco dá as recomendações habituais e ponderadas: “É importante que as crianças se sintam bem!” Sofia, Vittoria, Tancredi Tito, Edwin Gabriele e os outros 17, “hoje mandam eles – explica o Papa – e nós devemos servi-los, com o sacramento, com as orações”. As mães são incentivadas a amamentar seus bebês se tiverem fome e a trocá-los se estiverem com calor.
Hoje, cada um de vocês, pais, e a própria Igreja, oferecem o dom maior, o dom da fé às crianças.
O sinal da cruz na testa dos pequenos
Com as mãos trêmulas pela emoção, os pais se aproximam do Papa para que seus filhos recebam o sinal da cruz na testa. Alguns esperneiam, enquanto outros estão mais calmos, sem entender exatamente o que está acontecendo.
Francisco acolhe a todos com um sorriso e, se houver um irmão ou irmã mais novos, ele os deixa marcar a testa dos que serão batizados. As vozes da Schola Cantorum soam quase como uma canção de ninar para os pequenos, embalando alguns deles em um sono tranquilo. De fato, são poucos os clamores que constituem o pano de fundo da Liturgia da Palavra.
Como é tradição, Francisco disse poucas, mas essenciais palavras em sua homilia – para não “cansar” os pequenos, como já havia dito em celebrações anteriores. “Que cresçam na fé – é o desejo do Papa -, para viverem “a verdadeira humanidade, na alegria da família”.
A Missa continua seguindo os ritos típicos das celebrações batismais. Os concelebrantes, o cardeal Konrad Krajewski, Esmoler Pontifício, e o cardeal Fernando Vérgez Alzaga, presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, marcam o peito de cada batizando com o óleo dos catecúmenos. Em seguida, Francisco administra o Batismo, molhando a cabeça de cada um dos pequenos, acompanhado pelos pais, padrinhos e madrinhas, com água benta.
A administração do Batismo aos filhos dos funcionários do Vaticano faz parte de uma tradição estabelecida em 1981 por João Paulo II, com apenas uma modificação: nos dois primeiros anos, os batismos eram realizados na Capela Paulina. A partir de 1983, na Capela Sistina.
Fonte (Vatican News)
Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.
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