Cimeira Empresarial EUA-África em Luanda termina com acordos milionários
A capital angolana, Luanda, foi palco do encerramento da Cimeira Empresarial Estados Unidos – África, um evento de quatro dias que promoveu intensos debates e
Francisco escreve à Conferência Episcopal dos EUA que está enfrentando uma “crise” com o programa de deportação em massa de imigrantes ilegais e refugiados: “um autêntico Estado de direito ocorre no tratamento digno que todas as pessoas merecem, sobretudo as mais pobres e marginalizadas”. O Papa pede “uma política que regule a migração ordenada e legal” e exorta os católicos a não ceder às “narrativas” que discriminam e causam sofrimento.
Salvatore Cernuzio - Vatican News
No início, foi o cardeal Blaise Cupich, de Chicago, a declarar, mesmo antes do juramento do novo presidente Donald Trump, a oposição a qualquer programa de deportação em massa de imigrantes; depois o bispo de El Paso, Mark Joseph Seitz, a reiterar a não tolerância com qualquer forma de injustiça; e, finalmente, toda a Conferência Episcopal dos Estados Unidos a expressar consternação com as medidas anunciadas pelo líder republicano sobre a repatriação de milhões de imigrantes clandestinos e a militarização da fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Agora é o próprio Papa que intervém sobre a “importante crise que está ocorrendo nos Estados Unidos devido ao início de um programa de deportação em massa” iniciado pela nova administração dos EUA após a posse do presidente. Francisco, que garante estar acompanhando a situação “de perto”, envia uma carta aos bispos dos Estados Unidos para expressar proximidade e apoio nestes “momentos delicados” e, ao mesmo tempo, para denunciar certas disposições que vão contra a própria dignidade humana. “O que se constrói sobre a força, e não sobre a verdade da igual dignidade de todo ser humano, começa mal e terminará mal”, adverte o Papa.
“O ato de deportar pessoas que, em muitos casos, deixaram a própria terra por razões de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou grave deterioração do meio ambiente, fere a dignidade de tantos homens e mulheres, de famílias inteiras, e os coloca em um estado de particular vulnerabilidade”, afirma o Papa Francisco em uma passagem da missiva, dividida em dez pontos, divulgada nesta terça-feira (11/01) em inglês e espanhol, pouco mais de duas semanas após a publicação na conta da Casa Branca na rede social X de fotografias de uma dúzia de migrantes que caminham em fila, algemados e acorrentados, em direção a um avião militar para serem levados de volta para casa.
No texto, o Pontífice enfatiza que “a consciência corretamente formada não pode deixar de expressar um julgamento crítico e discordar de qualquer medida que identifique, tácita ou explicitamente, a condição ilegal de alguns migrantes com a criminalidade”. Certamente, o Papa reitera a necessidade de reconhecer “o direito de uma nação de se defender e de manter as próprias comunidades a salvo daqueles que cometeram crimes violentos ou graves enquanto estavam no país ou antes de chegar nele”. Mas o ato de deportação é sempre uma ferida na dignidade humana, aquela “infinita e transcendente” dada por um “Deus sempre próximo, encarnado, migrante e refugiado”. A esse respeito, o Papa cita as palavras com as quais o Papa Pio XII iniciou sua constituição apostólica sobre a assistência aos migrantes, “considerada a Carta Magna do pensamento da Igreja sobre a migração”:
“A família de Nazaré no exílio, Jesus, Maria e José, que emigraram para o Egito e lá se refugiaram para escapar da ira de um rei ímpio, são o modelo, o exemplo e a consolação dos emigrantes e dos peregrinos de todas as épocas e de todos os países, de todos os refugiados de qualquer condição que, assaltados pela perseguição ou pela necessidade, são obrigados a deixar a pátria, a sua querida família e os seus queridos amigos para ir para uma terra estrangeira.”
Para o Papa, essa não é uma questão secundária: “um autêntico Estado de direito ocorre precisamente no tratamento digno que todas as pessoas merecem, sobretudo aquelas mais pobres e marginalizadas”, escreve ele. “O verdadeiro bem comum se promove quando a sociedade e o governo, com criatividade e rigoroso respeito aos direitos de todos - como já afirmei em inúmeras ocasiões - acolhem, protegem, promovem e integram os mais frágeis, indefesos e vulneráveis". Isso não impede de favorecer o amadurecimento de “uma política que regule a migração ordenada e legal”, desde que ela não seja constituída “por meio do privilégio de alguns e do sacrifício de outros”.
Jorge Mario Bergoglio lembra aos bispos que Jesus Cristo ensina o “reconhecimento permanente” da dignidade de todo ser humano: “Ninguém excluído”. Por isso, ele conclama “todos os fiéis cristãos e homens de boa vontade” a “olhar para a legitimidade das normas e políticas públicas à luz da dignidade da pessoa e de seus direitos fundamentais, e não vice-versa”. “A pessoa humana não é um simples indivíduo relativamente expansivo, com alguns sentimentos filantrópicos! A pessoa humana é um sujeito digno que, através da relação constitutiva com todos, sobretudo com os mais pobres, pode amadurecer gradualmente em sua própria identidade e vocação”, ressalta o Papa.
A carta também se refere ao princípio do ordo amoris, elaborado na teologia de Santo Agostinho para afirmar que todos e tudo devem ser amados em modo apropriado. O conceito foi recentemente mencionado pelo vice-presidente JD Vance para justificar medidas anti-imigração ilegal nos EUA. “O verdadeiro ordo amoris a ser promovido é aquele que descobrimos meditando constantemente na parábola do 'Bom Samaritano', ou seja, meditando no amor que constrói uma fraternidade aberta a todos, sem excluir ninguém”, explica o Papa Francisco na carta. E conclui: “preocupar-se com a identidade pessoal, comunitária ou nacional, independentemente dessas considerações, introduz facilmente um critério ideológico que distorce a vida social e impõe a vontade do mais forte como critério de verdade".
O bispo de Roma, portanto, está ao lado dos seus irmãos estrangeiros, reconhecendo seus “esforços preciosos” no trabalho “em contato próximo” com migrantes e refugiados e na defesa dos direitos humanos. “Deus recompensará abundantemente tudo o que vocês fizerem para a proteção e defesa daqueles que são considerados menos preciosos, menos importantes ou menos humanos!”, assegura. Em suas linhas finais, ele se dirige aos fiéis católicos e aos homens e mulheres de boa vontade, apelando para que “não cedam às narrativas que discriminam e fazem sofrer desnecessariamente os nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados”. “Com caridade e clareza, somos todos chamados a viver na solidariedade e na fraternidade, a construir pontes que nos aproximem cada vez mais, a evitar os muros da ignomínia e a aprender a dar a nossa vida como Jesus Cristo a ofereceu, para a salvação de todos.”
Enfim, uma oração à Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, padroeira do México, para que possa “proteger as pessoas e as famílias que vivem no medo ou na dor devido à migração e/ou à deportação”. Que a “Morenita”, reza o Papa, ajude a todos a dar “um passo adiante na construção de uma sociedade mais fraterna, inclusiva e que respeite a dignidade de todos”.
A capital angolana, Luanda, foi palco do encerramento da Cimeira Empresarial Estados Unidos – África, um evento de quatro dias que promoveu intensos debates e
O Sumo Pontífice Leão XIV concedeu uma audiência ao presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova. O encontro ocorreu
Jonathan Roumie, o ator conhecido por interpretar Jesus na popular série “The Chosen”, encontrou-se com o Papa Leão XIV na quarta-feira, 25 de junho de
Celebrando o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, o Sumo Pontífice, Papa Francisco, enviou uma importante mensagem à Igreja. Ele ressaltou uma verdade
A Ilha da Madeira acolhe um retiro espiritual destinado ao clero, que será orientado pelo Cardeal D. Manuel Clemente, Patriarca emérito de Lisboa. Esta iniciativa
A solenidade de Corpus Christi ganhou um toque especial e inspirador dentro de uma casa brasileira. Um grupo de irmãos decidiu recriar a tradicional procissão