Quarta Congregação: no domingo, vésperas dos cardeais no túmulo de Francisco

Cento e quarenta e nove cardeais estiveram presentes na reunião desta sexta-feira, 25 de abril, na qual foram discutidos sobre a Igreja e o mundo, bem como as exéquias do Papa. O mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias explicou que, segundo a vontade do Pontífice, as exéquias serão como as de um pastor, e não como as de um soberano. O corpo não será exposto num catafalco.

Isabella H. de Carvalho – Vatican News

Na tarde de domingo, 27 de abril, os cardeais irão a Santa Maria Maior para visitar o túmulo de Francisco e a capela onde está exposto o ícone que lhe é querido, a Salus Populi Romani. Eles também passarão pela Porta Santa e celebrarão as Vésperas juntos. Foi o que decidiu a Quarta Congregação geral dos cardeais realizada, na manhã desta sexta-feira (25/04), das 9h10 às 12h20, informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. Cento e quarenta e nove cardeais estiveram presentes na Sala do Sínodo e houve 33 pronunciamentos sobre vários assuntos, incluindo temas da Igreja e do mundo. Como nas outras sessões, prosseguiu-se com a leitura da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis e os cardeais que chegaram, nesta sexta-feira, tiveram a oportunidade de prestar juramento. A próxima Congregação Geral, a quinta, se realizará na manhã de segunda-feira, 28 de abril, às 9h.

Os métodos e a organização das exéquias

No final da Congregação desta sexta-feira, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Ravelli, explicou o rito das exéquias. “Serão as exéquias de um pastor, não de um soberano”, disse ele. O corpo do Papa não será exibido no catafalco. Matteo Bruni lembrou que essas mudanças foram escolhidas e pensadas pelo próprio Francisco e aprovadas em 2024, quando foi publicada a nova edição do Ordo Exsequiarum Romani Pontificis.

A Sala de Imprensa da Santa Sé também especificou que no sábado, 26 de abril, na missa de corpo presente, as autoridades estarão dispostas conforme o protocolo, ou seja, na primeira fila os presidentes da Argentina, terra natal do Papa, e da Itália. Depois, haverá a realeza e os outros presidentes em ordem alfabética francesa. A lista completa das delegações será divulgada na tarde desta sexta-feira. De acordo com as últimas atualizações da última quinta-feira, pelo menos 130 delegações foram confirmadas, incluindo aproximadamente 50 chefes de Estado e 10 soberanos reinantes.

Após a missa, o cortejo fúnebre não passará pela Praça São Pedro, mas retornará à Basílica. Em seguida, num veículo aberto para permitir ver o caixão, sairá do Estado da Cidade do Vaticano pela Porta del Perugino, em direção à Basílica de Santa Maria Maior. O trajeto deverá durar entre 30 e 40 minutos e o veículo que transportará o corpo do Papa seguirá numa velocidade de aproximadamente 10 km por hora. As imagens da procissão serão transmitidas ao vivo pelos canais do Vaticano Media e a transmissão terminará na chegada à Basílica Liberiana. O rito de sepultura será um ato privado. Por fim, às 21h, o cardeal Rolandas Makrickas rezará o Terço em sufrágio pelo Papa Francisco do lado de fora da Basílica.

150 mil fiéis para se despedirem do Papa e 2700 jornalistas

Esta noite, a Basílica de São Pedro fecha às 19h locais, mas às 18h termina o acesso à fila, para que os fiéis possam dar o último adeus ao Papa, antes do ritual de fechamento do caixão, que será um ato privado. Desde quarta-feira, 23 de abril, até às 12 horas desta sexta-feira, cerca de 150 mil pessoas deslocaram-se à Basílica de São Pedro para prestar homenagem ao Papa. A Sala de Imprensa informa ainda que pelo menos 2700 jornalistas de todo o mundo foram credenciados para os eventos destes dias.

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