Vida Consagrada: testemunho profético em meio aos desafios do mundo atual



Por ocasião do Dia Mundial da Vida Consagrada, Irmã Neusa Santos comenta situação dos religiosos no Brasil, seus desafios e as oportunidades para o futuro.

Victor Hugo Barros – Cidade do Vaticano

A Igreja celebra, neste domingo (02), o Dia Mundial da Vida Consagrada. No Brasil, segundo dados da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), mais de 30 mil religiosos – homens e mulheres – estão presentes em diferentes regiões do país, trabalhando em diversas frentes de atuação da Igreja.

“A vida consagrada é um testemunho profético em meio aos desafios do mundo atual. Em tempos de crise social, política e ambiental, os religiosos e as religiosas assumem a missão de ser presença de compaixão, solidariedade e compromisso com a justiça. A vivência dos conselhos evangélicos e o serviço aos mais necessitados, vulneráveis, e que tornam sinais concretos da esperança, apontando para um mundo mais fraterno e solidário”, conta a assessora de comunicação da Conferência dos Religiosos do Brasil, Irmã Neusa Santos.

Este ano, a comemoração do Dia da Vida Consagrada assume caráter jubilar. Para os brasileiros, o momento prepara, desde já, o Jubileu dos Religiosos, que acontecerá em Roma nos dias 08 e 09 de outubro.

“O Jubileu dos Religiosos é uma ocasião muito especial para a vida religiosa no Brasil renovar esta missão e vocação à vida consagrada. No Brasil, com muito entusiasmo, fazemos várias atividades, lives e movimentos preparativos a este grande Jubileu, onde a vida religiosa poderá peregrinar a Roma. Então há muitas iniciativas de encontros, de celebrações, já sendo realizados pela conferência dos religiosos do Brasil e por grupos de religiosas por ocasião deste grande momento”, esclarece Irmã Neusa.

Além das celebrações, o momento também será caracterizado por orações e reflexões diante dos desafios da vida religiosa na Igreja do Brasil. Entre eles, o envelhecimento das congregações, a secularização e a necessidade de adaptação às novas linguagens.

“Um dos principais desafios que todos somos conscientes é a diminuição das vocações e o envelhecimento das comunidades religiosas, que dificultam a sustentabilidade das obras missionárias. Mas também a sociedade contemporânea, que traz os desafios relacionados à secularização e a necessidade de atualizar uma linguagem e presença religiosa para dialogar com as novas gerações. A sinodalidade e a vivência comunitária também tornam um desafio sempre constante, porque exige um esforço de renovação e de adaptação”

Mesmo diante das adversidades, os consagrados não deixam de exercer sua missão. No centro, a oração e o serviço a quem precisa.

“Ser sinal de esperança na atualidade é justamente a vida religiosa ser um farol em meio aqueles que mais necessitam”, explicita Irmã Neusa. 

Para continuar a ser este sinal, a vida consagrada no Brasil já projeta o futuro. Para os próximos anos, identidade profética, sinodalidade e o testemunho de esperança cristã.

“Nós vamos sempre ver que o futuro da vida religiosa está muito ligada à fidelidade criativa ao carisma. O Papa insiste que a vida religiosa consagrada precisa manter viva a identidade dos carismas fundacionais e ao mesmo tempo responder com criatividade os desafios atuais. E a sinodalidade e comunhão. O futuro da vida religiosa passa por isso também, porque a vida religiosa não pode ser vivida de forma isolada, ela precisa caminhar junto com as congregações, junto com a Igreja e também da colaboração da Igreja local com a sociedade”, pontua.



Fonte (Vatican News)

Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.

A opinião do post não é necessariamente a opinião do nosso blog!

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