
Liturgia diária – Evangelho e palavra do dia 25 dezembro 2025
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CIDADE DO VATICANO – Na manhã desta véspera de Natal, 24 de dezembro de 2025, o Papa Leão XIV recebeu os Cardeais e superiores da Cúria Romana na Sala Clementina do Palácio Apostólico para a tradicional apresentação das felicitações natalícias. Em seu primeiro discurso de Natal ao coração administrativo da Igreja, o Santo Padre, eleito em maio deste ano, proferiu uma profunda meditação sobre os desafios da missão e da comunhão, lançando uma pergunta incisiva aos seus mais diretos colaboradores: "É possível ser amigos na Cúria Romana?".
Inspirando-se na Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" do seu predecessor, o Papa Francisco, Leão XIV traçou um panorama da vida curial com realismo e caridade. O Pontífice reconheceu os muitos frutos de serviço e dedicação, mas não hesitou em apontar as sombras que persistem. "Percebemos com desgosto", afirmou, "que certas dinâmicas relacionadas ao exercício do poder, ao desejo desenfreado de se destacar e à defesa dos próprios interesses custam a mudar". Foi neste contexto de honestidade paterna que a sua questão ressoou com particular força, convidando a um sincero exame de consciência sobre a qualidade das relações humanas e espirituais no ambiente de trabalho do Vaticano.
O Papa advertiu contra a tentação de se deixar paralisar por aquilo que chamou de uma "tríade perigosa": a rigidez, a ideologia e a amargura. A rigidez, explicou, é uma falsa segurança que se apega à letra da lei, mas esquece o espírito, fechando o coração à novidade de Deus e à misericórdia para com o próximo. A ideologia, por sua vez, substitui a fé viva em Jesus Cristo por um conjunto de ideias, criando facções e minando a unidade. Por fim, a amargura, fruto do ressentimento e das frustrações, "envenena a alma e torna estéril qualquer apostolado".
A resposta do Papa Leão XIV aos desafios internos não é um programa de gestão, mas um apelo à conversão. Ele sublinhou que a Cúria Romana não existe para si mesma, mas para servir ao Sucessor de Pedro no seu ministério pela Igreja universal. Esta finalidade só pode ser alcançada através de dois pilares interligados: a missão e a comunhão. A missão recorda a todos o propósito do seu trabalho: anunciar a alegria do Evangelho. A comunhão é a condição essencial para que esta missão seja credível e frutuosa. "Como podemos anunciar um Deus que é comunhão de amor – Pai, Filho e Espírito Santo – se entre nós prevalecem a suspeita, a competição e a hostilidade?", questionou o Santo Padre.
A verdadeira amizade, portanto, não é vista como um simples sentimento ou camaradagem, mas como uma virtude teologal, um reflexo da caridade de Cristo. É o fruto de uma vida espiritual partilhada, da oração em comum e, sobretudo, do reconhecimento de que todos, do mais alto Cardeal ao mais simples funcionário, são irmãos em Cristo, chamados a remar na mesma direção.
Sendo este o seu primeiro discurso de Natal, o Papa Leão XIV dedicou um parágrafo de profunda densidade espiritual ao mistério que a Igreja celebra. "Olhemos para o presépio", convidou. "O Filho de Deus, o Verbo Eterno, esvazia-se de Si mesmo, assume a nossa carne na mais absoluta pobreza e humildade. Belém é a refutação divina de toda a lógica de poder, de aparência e de carreirismo. O Deus que se faz pequeno num estábulo ensina-nos que a verdadeira grandeza está no serviço e no dom de si". O Santo Padre exortou os membros da Cúria a fazerem do presépio o seu "escritório espiritual" diário, um lugar para onde voltar o olhar e o coração para purificar as intenções e reencontrar o verdadeiro sentido do seu trabalho.
Apesar do diagnóstico realista, o discurso do Papa Leão XIV foi, em última análise, uma mensagem de esperança. Ele não apresentou uma lista de problemas sem solução, mas um convite à conversão pessoal e comunitária, fundamentada na graça de Deus. Concluiu pedindo a intercessão da Sagrada Família, modelo de amor, serviço e comunhão, para que cada membro da Cúria Romana possa redescobrir a alegria de servir à Igreja e de serem, verdadeiramente, irmãos e amigos em Cristo. O desafio está lançado, não como uma acusação, mas como um horizonte de santidade a ser perseguido no coração da Cristandade.
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Fonte: Vatican News

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