
Autoridades venezuelanas despojam o cardeal Porras de seu passaporte
Cardeal Porras: Venezuela retém passaporte CARACAS, Venezuela – Num ato que agrava as já tensas relações entre a Igreja Católica e o governo venezuelano, o
CARACAS, Venezuela – Num ato que agrava as já tensas relações entre a Igreja Católica e o governo venezuelano, o Cardeal Baltazar Porras Cardozo, Arcebispo Emérito de Caracas, foi impedido de viajar para o exterior nesta semana de dezembro de 2025. Autoridades de imigração confiscaram seu passaporte no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, principal terminal aéreo do país, quando se preparava para uma viagem com compromissos eclesiais internacionais.
O incidente ocorreu sem aviso prévio ou justificação legal aparente. Fontes próximas ao cardeal relatam que, ao apresentar seus documentos no controle de passaportes, foi informado por funcionários que seu documento de viagem estava "anulado" por ordem superior. Não foi fornecida nenhuma documentação ou explicação adicional, deixando claro o caráter arbitrário da medida.
Em uma breve declaração, o Cardeal Porras, uma das vozes mais respeitadas e proféticas da Venezuela, denunciou a ação como uma violação flagrante dos seus direitos fundamentais. "Isto atenta contra os direitos que temos como cidadãos de entrar e sair livremente do nosso próprio país", afirmou o purpurado. A medida não é apenas um ataque pessoal, mas um claro sinal de intimidação contra toda a Igreja Católica na nação, que tem sido uma defensora incansável da dignidade humana e da justiça social em meio à profunda crise que assola o país.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) manifestou de imediato a sua total solidariedade com o Cardeal Porras, classificando o ato como "um novo episódio de perseguição e assédio contra aqueles que proclamam a verdade e defendem os pobres". Espera-se que a Santa Sé, sob a liderança do Papa Leão XIV, reaja diplomaticamente através da Secretaria de Estado, pois a retenção do passaporte de um Cardeal da Santa Igreja Romana é um ato de extrema gravidade nas relações internacionais.
O Cardeal Baltazar Porras, de 81 anos, é uma figura central na vida da Venezuela há décadas. Criado cardeal pelo Papa Francisco em 2016, sua trajetória é marcada por uma corajosa defesa da democracia e dos direitos humanos. Como Arcebispo de Mérida e, posteriormente, Administrador Apostólico e Arcebispo Emérito de Caracas, ele nunca hesitou em denunciar a corrupção, a violência estatal e o colapso humanitário que levaram milhões de venezuelanos ao exílio e à pobreza extrema.
A Igreja, através de suas paróquias e da Cáritas, tem sido a última rede de proteção para muitos, oferecendo alimento, cuidados de saúde e consolo espiritual. Esta ação do governo parece ser uma tentativa de silenciar uma das vozes que mais ecoam no cenário nacional e internacional, buscando isolar a liderança da Igreja e minar a sua capacidade de articulação e denúncia.
A Doutrina Social da Igreja ensina que a liberdade de movimento é um direito humano fundamental. Ao impedir um pastor de viajar para cumprir a sua missão evangelizadora e de caridade, o regime venezuelano não só viola a constituição do país, mas também os princípios mais básicos da convivência civilizada e do direito internacional.
Este lamentável acontecimento ocorre em pleno tempo do Advento, um período litúrgico em que a Igreja se prepara para a vinda do Salvador. O Advento é um tempo de espera vigilante, de esperança contra toda a esperança. A perseguição sofrida pelo Cardeal Porras e pela Igreja na Venezuela pode ser vista, à luz da fé, como uma participação na paixão de Cristo, mas também como um testemunho da luz que as trevas não podem vencer. Como São João Batista, a voz que clama no deserto, a Igreja na Venezuela continua a anunciar a verdade e a preparar os caminhos do Senhor, mesmo em meio à aridez da injustiça. Para o povo venezuelano, este Advento é uma espera real e dolorosa pela aurora da justiça, da paz e da reconciliação. A firmeza do Cardeal Porras é um farol de esperança que nos recorda que, mesmo na noite mais escura, a vinda do Emanuel está próxima.
Como católicos, somos chamados a unir-nos em oração pelo Cardeal Porras, por todos os bispos, sacerdotes, religiosos e leigos da Venezuela. Rezemos para que a sua fé não vacile e para que a sua liberdade seja restituída. Que a nossa solidariedade fraterna lhes dê força e consolo, e que a Virgem de Coromoto, padroeira da Venezuela, proteja o seu povo e guie a nação para um futuro de paz e fraternidade.
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Fonte: Vatican News

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