
Igreja alerta para o risco de um Natal sem Jesus em meio ao consumismo
O desafio de celebrar o verdadeiro Natal na cultura contemporânea À medida que as luzes e decorações festivas se multiplicam nas cidades, surge um desafio
À medida que as luzes e decorações festivas se multiplicam nas cidades, surge um desafio pastoral urgente para os católicos: resgatar o núcleo da celebração natalina. Em um mundo cada vez mais secularizado, onde o Natal é frequentemente reduzido a uma festa de consumo e sentimentalismo vago, a Igreja convida os fiéis a uma profunda reflexão sobre o acontecimento que verdadeiramente importa: o nascimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem.
A solenidade do Natal não celebra uma ideia ou uma tradição poética, mas um fato histórico que dividiu o tempo e transformou para sempre o destino da humanidade. O Evangelho de São João proclama com clareza: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1, 14). Este é o mistério da Encarnação, o ato de amor incondicional de Deus que, ao assumir a nossa frágil natureza humana, santificou a existência e abriu para nós as portas do Céu.
O Santo Padre, o Papa Francisco, tem insistido repetidamente contra a tendência de esvaziar o Natal de seu significado sagrado. Em suas mensagens, o Pontífice adverte sobre a "globalização da indiferença" e o frenesi do consumo, que desviam o olhar do essencial. Para o Papa, o presépio é um "Evangelho vivo" que nos convida a contemplar a pobreza escolhida por Deus para nos enriquecer.
"Olhar para a manjedoura é encontrar o silêncio e a paz, é ver como Deus se fez pequeno para estar perto de nós", ensina o Papa. Ele nos exorta a não permitir que o brilho das vitrines ofusque a luz humilde de Belém. A escolha de Deus pela simplicidade e pela pobreza é uma catequese poderosa que nos chama a buscar a verdadeira riqueza não nos bens materiais, mas no amor, no serviço e na partilha com os mais necessitados.
É fundamental recordar que a celebração do nascimento do Salvador não se esgota no dia 25 de dezembro. A sabedoria da Igreja nos oferece o Tempo do Natal, um período litúrgico que se estende até a Festa do Batismo do Senhor. Este tempo é um convite para meditar, dia após dia, sobre as implicações da vinda de Cristo ao mundo.
As festas que se seguem ao Natal, como a da Sagrada Família, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, e a Epifania do Senhor, revelam diferentes facetas do mistério da Encarnação. Manter o presépio montado em casa, participar ativamente da liturgia e dedicar tempo à leitura orante da Palavra de Deus são formas concretas de viver este tempo em sua plenitude, permitindo que a graça do Natal frutifique em nossas vidas.
Viver um Natal autenticamente cristão exige gestos concretos que começam no coração. Primeiramente, através da oração: reunir a família ao redor do presépio para rezar e ler a narrativa do nascimento de Jesus. Em segundo lugar, pela caridade: o Deus que se fez pobre em Belém se identifica hoje com os marginalizados. Visitar um doente, partilhar alimentos com uma família carente ou apoiar uma obra de caridade da paróquia são maneiras de acolher Cristo. Por fim, através do testemunho: explicar aos filhos e amigos o significado dos símbolos cristãos do Natal, mostrando que cada elemento aponta para Jesus, o verdadeiro protagonista da festa.
A manjedoura de Belém é também o mais forte manifesto em favor da dignidade da vida humana. Ao se fazer homem desde a concepção no ventre de Maria, Deus consagrou cada vida como um dom sagrado. Celebrar o Natal, portanto, implica renovar nosso compromisso com a defesa dos mais vulneráveis, desde os nascituros até os idosos. O desafio está lançado: que este Natal seja uma oportunidade não apenas para trocar presentes, mas para acolher o maior de todos os dons: Jesus Cristo, nosso Salvador.

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