
Leão XIV: numa sociedade confusa, proclamar a primazia de Cristo
Papa Leão XIV: Cristo é a âncora na confusão Nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025, o Papa Leão XIV dirigiu uma mensagem paternal e
Nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025, o Papa Leão XIV dirigiu uma mensagem paternal e encorajadora aos sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas latino-americanos que residem em Roma. Reunidos no Vaticano para uma conferência dedicada à Virgem Maria, os participantes receberam do Santo Padre um forte apelo a serem faróis da primazia de Cristo numa sociedade que ele descreveu como "confusa", convidando-os a cultivar um profundo e íntimo vínculo com Deus.
Em seu discurso, o Pontífice refletiu sobre os desafios do mundo contemporâneo. Vivemos, segundo ele, numa época de rápidas mudanças, onde referências sólidas parecem dissolver-se e muitas vozes competem pela atenção das pessoas, oferecendo respostas fáceis para questões complexas. Esta "sociedade confusa", marcada pelo relativismo e pelo individualismo, muitas vezes deixa um rastro de vazio e solidão no coração humano. É precisamente neste cenário que a missão da Igreja se torna mais crucial.
A resposta a esta desorientação, sublinhou o Papa Leão XIV, não é uma nova ideologia ou um programa complexo, mas uma Pessoa: Jesus Cristo. Proclamar a Sua primazia significa reafirmar que Ele é o centro da história, o sentido da vida e a resposta definitiva aos anseios mais profundos de cada homem e mulher. O Papa exortou os presentes a não terem medo de apresentar Cristo como "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6), a única âncora segura em meio às tempestades do mundo.
Aprofundando a natureza da vocação, o Santo Padre utilizou uma imagem poderosa: a do vínculo conjugal. Ele pediu aos sacerdotes e consagrados que a sua relação com Deus não seja meramente funcional ou profissional, mas uma verdadeira união de amor, "semelhante à conjugal". Este amor esponsal implica uma entrega total, uma fidelidade diária e uma intimidade cultivada na oração e na escuta da Palavra.
“O vosso coração”, disse o Papa, “deve pertencer inteiramente ao Senhor. É desta fonte de amor que brota a fecundidade do vosso ministério e a alegria que ninguém vos poderá tirar”. Esta união íntima com Cristo é o que sustenta o apóstolo, transforma o seu trabalho em autêntica evangelização e impede que a sua vida se torne vazia e burocrática. É o segredo para evitar o 'burnout' espiritual e para irradiar a ternura de Deus a todos os que encontram.
As palavras do Papa Leão XIV ressoam com particular significado neste tempo litúrgico do Advento. Enquanto a Igreja se prepara para celebrar o Natal, somos todos convidados a renovar a nossa espera pelo Senhor que vem. A conferência sobre Maria, contexto deste encontro, oferece o modelo perfeito. A Virgem Santíssima é o ícone do Advento: a sua escuta atenta, o seu "sim" generoso e a sua capacidade de "guardar todas estas coisas, meditando-as no seu coração" (Lc 2,19) são o caminho para acolher Jesus.
O apelo do Papa para "guardar no coração as maravilhas que Cristo realizou" é um convite a viver um Advento pessoal. É um chamado a parar em meio à agitação do dia a dia para reconhecer os sinais da presença de Deus na nossa própria história. Assim como Maria, somos chamados a meditar sobre os mistérios da salvação para que eles se tornem carne em nós e possamos, com coragem, levá-los ao mundo.
Finalmente, o Pontífice concluiu com um chamado à coragem. Esta coragem não nasce da autossuficiência, mas da memória agradecida. Ao recordar as “maravilhas que Cristo realizou” em suas próprias vidas e na vida do povo de Deus, os evangelizadores encontram a força para enfrentar as dificuldades e para anunciar o Evangelho com ousadia (parresia).
Viver com coragem, portanto, significa confiar mais na ação do Espírito Santo do que nas próprias capacidades. Significa não se deixar intimidar pelas críticas ou pela indiferença, mas permanecer firmemente enraizado na certeza de que a semente do Evangelho, uma vez lançada, produzirá fruto a seu tempo. A mensagem de Leão XIV é um tónico para a esperança, um lembrete de que, mesmo na confusão, a luz de Cristo continua a brilhar através do testemunho fiel dos seus discípulos.
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Fonte: Vatican News

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