
Leão XIV: o diálogo entre cristãos e outras religiões e culturas torna a paz possível
Papa Leão XIV: A paz é fruto do diálogo e da fraternidade Cidade do Vaticano. Neste domingo, 7 de dezembro de 2025, durante a tradicional
CIDADE DO VATICANO – Na manhã deste domingo, 7 de dezembro de 2025, II Domingo do Advento, o Papa Leão XIV dirigiu-se aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a oração do Angelus. Da janela do Palácio Apostólico, o Santo Padre fez uma profunda reflexão sobre a natureza do juízo de Deus, exortando os católicos a prepararem o caminho para o Natal através de uma conversão interior sincera, focada nas obras e nas intenções do coração, e não nas aparências externas.
Estamos na segunda semana do Advento, um tempo litúrgico de alegre e piedosa expectativa. A Igreja nos convida a preparar nossos corações para celebrar o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. A figura central deste domingo é São João Batista, a "voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas". Este chamado não é um convite a uma mudança superficial, mas a uma profunda metanoia, uma transformação da mente e do coração. É neste contexto de preparação interior que as palavras do Papa Leão XIV ganham uma força especial, guiando-nos sobre como verdadeiramente "endireitar as veredas" da nossa alma.
O Sumo Pontífice iniciou sua meditação contrastando o julgamento humano com o divino. "Quantas vezes, em nosso dia a dia, julgamos pelas aparências?", questionou o Papa. "Vemos o sucesso, a beleza, a riqueza ou a eloquência de uma pessoa e formamos a nossa opinião. Mas o olhar de Deus é diferente. Ele não se detém na superfície, Ele penetra até o mais íntimo de nosso ser. Ele vê as intenções, as lutas silenciosas, os atos de caridade que ninguém aplaudiu, as lágrimas derramadas em segredo".
O Papa Leão XIV lembrou que a preparação para o Reino de Deus, que o Advento nos convida a antecipar, passa por um exercício de autenticidade. "Deus não se impressiona com os 'sepulcros caiados' de que fala o Evangelho, belos por fora, mas cheios de podridão por dentro. Ele busca corações contritos e humildes. Um pequeno ato de amor, feito com uma intenção pura, tem mais valor aos Seus olhos do que a maior das obras realizada por vaidade ou para buscar o reconhecimento dos homens", afirmou.
Desenvolvendo a catequese, o Santo Padre utilizou a poderosa imagem de Cristo como o "Sol nascente que veio nos visitar do alto". "Desde a fragilidade do menino na manjedoura de Belém até a escuridão do abandono na Cruz, a vida de Jesus brilha sobre a nossa história", disse ele. "Esta luz não é ofuscante nem acusadora; é uma luz que aquece, que cura e que guia. Ela revela a verdade sobre nós mesmos, não para nos condenar, mas para nos libertar".
O Papa explicou que o chamado a "despertar e caminhar na sua luz" é um convite a abandonar a escuridão do pecado, da indiferença e da falsidade. "Caminhar na luz significa viver na verdade de Deus, permitindo que Seu amor ilumine nossas decisões, nossas palavras e, sobretudo, nossas intenções. Significa alinhar nosso coração com o Coração de Jesus, que é manso e humilde".
Refletindo sobre a dificuldade da conversão, o Papa Leão XIV trouxe uma mensagem de profunda esperança. "Talvez, ao olharmos para dentro de nós, vejamos desertos áridos, caminhos tortuosos, hábitos que parecem impossíveis de mudar. Podemos nos sentir desanimados. Mas hoje a Palavra de Deus nos grita: 'Nada é impossível para Deus!'", exortou com vigor.
"Aquele que pôde nascer de uma Virgem, Aquele que transformou a água em vinho e ressuscitou os mortos, pode também transformar o nosso coração de pedra em um coração de carne. O Advento é o tempo de crer neste milagre. É o tempo de entregar a Deus as nossas impossibilidades e confiar no Seu poder transformador. Acolher o Menino Jesus no Natal é acolher Aquele para quem nada é impossível", concluiu neste ponto.
Ao final de sua alocução, antes de rezar a oração mariana do Angelus, o Papa Leão XIV fez um apelo prático: "Queridos irmãos e irmãs, que nesta semana do Advento, possamos fazer um bom exame de consciência. Não nos perguntemos: 'O que os outros pensarão de mim?'. Mas sim: 'Senhor, qual é a intenção do meu coração quando faço isto?'. Preparemos o presépio de nossa alma para que ele não seja apenas uma fachada bonita, mas um lugar quente, limpo e sincero, digno de acolher o Salvador do mundo. O menino, Jesus de Nazaré, guiar-nos-á!".
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Fonte: Vatican News

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