
Cardeal Tempesta: O Mistério do Verbo, a Luz que não se apaga
A Luz de Natal não se apaga: a esperança do Cardeal Nesta Solenidade do Natal do Senhor, 25 de dezembro de 2025, o Arcebispo do
Na Faixa de Gaza, onde a esperança é um bem precioso, o pároco da Igreja da Sagrada Família, Padre Gabriel Romanelli, partilhou um poderoso testemunho sobre a celebração do Natal de 2025. Após a conclusão de uma visita pastoral de três dias do Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, o sacerdote relatou à mídia vaticana como as duras realidades quotidianas estão a levar a pequena comunidade cristã a redescobrir o núcleo da fé: o nascimento de Jesus Cristo, a nossa única e verdadeira esperança.
Entre os dias 22 e 24 de dezembro, o Cardeal Pizzaballa fez questão de estar fisicamente presente junto ao seu rebanho em Gaza. A visita de três dias não foi meramente protocolar; foi um gesto profundo de paternidade espiritual e solidariedade. Em meio a um contexto de contínua dificuldade e incerteza, a presença do Patriarca foi um bálsamo para a comunidade. Ele celebrou a Santa Missa, encontrou-se com as famílias, ouviu as suas angústias e partilhou as suas esperanças. O gesto do Cardeal sublinha uma verdade fundamental da nossa fé: a Igreja é uma família que não abandona os seus filhos, especialmente os que mais sofrem. A sua visita foi um sinal visível de que a comunidade de Gaza, embora pequena e isolada, não está esquecida, mas permanece no coração da Igreja Mãe de Jerusalém e de toda a Igreja Universal.
Em entrevista concedida logo após a partida do Patriarca, o Padre Romanelli, missionário do Instituto do Verbo Encarnado, descreveu a realidade de um “Natal difícil”. As dificuldades não são apenas materiais, como a escassez de recursos básicos, mas também psicológicas e espirituais. Viver numa constante atmosfera de tensão deixa marcas profundas. Contudo, é precisamente neste cenário de privação que a fé se purifica. “Quando nos falta tudo, quando as luzes exteriores e o consumismo desaparecem, somos forçados a olhar para dentro, para a gruta do nosso coração, e a encontrar ali o Menino Jesus”, explicou o pároco. Segundo ele, este Natal está a ser uma oportunidade única para a sua comunidade se despojar do supérfluo e abraçar o que é verdadeiramente essencial. A alegria não vem das circunstâncias externas, mas da certeza interior de que Deus se fez homem e habita no meio de nós, especialmente onde a dor é mais presente.
A celebração do Santo Natal convida-nos a contemplar o mistério da Encarnação. Deus não escolheu nascer num palácio, rodeado de luxo e poder. Pelo contrário, escolheu a pobreza de uma manjedoura em Belém, a vulnerabilidade de uma criança e a simplicidade de uma família de peregrinos. O primeiro Natal foi marcado pela precariedade e pela rejeição, mas também pela imensa fé de Maria e José e pela adoração dos humildes pastores. A experiência dos cristãos de Gaza em 2025 espelha de forma tocante esta realidade original. Viver o Natal em meio à dificuldade não é uma contradição da fé, mas um profundo mergulho no seu verdadeiro significado. É compreender que a Luz de Cristo brilha com mais intensidade na escuridão, e que a verdadeira paz, aquela que o mundo não pode dar, nasce da confiança inabalável na Providência Divina, mesmo quando tudo à volta parece desmoronar. É o Natal reduzido à sua essência pura: um Deus que se faz pequeno por amor a nós.
Um dos pontos altos da visita do Patriarca foi a entrega de uma mensagem pessoal do Santo Padre, o Papa Leão XIV, à comunidade de Gaza. O Padre Romanelli expressou a imensa gratidão dos fiéis pelas palavras do Pontífice. Saber que o Sucessor de Pedro os tem presentes nas suas orações e no seu coração é uma fonte de enorme força e consolação. “Sentimos a proximidade do Papa Leão XIV como um abraço de pai”, afirmou o sacerdote. Esta mensagem, juntamente com a presença física do Cardeal Pizzaballa, reforça o sentido de pertença à Igreja Católica universal. Cada oração, cada gesto de solidariedade, cada notícia que partilha a sua realidade, ajuda-os a perseverar. Eles não são uma nota de rodapé na história, mas uma parte viva e pulsante do Corpo de Cristo, cujo testemunho de fé em meio à tribulação edifica e inspira os cristãos em todo o mundo.
Apesar de todas as provações, a mensagem que emana da pequena paróquia da Sagrada Família é de uma esperança teimosa. Uma esperança que não se baseia em soluções políticas ou humanas, mas na rocha firme que é Jesus Cristo. Este Natal em Gaza, despojado de tudo o que é acessório, revela-se um poderoso farol que nos convida a todos, onde quer que estejamos, a voltar ao essencial: o Menino na manjedoura, a única razão da nossa alegria e da nossa paz.
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Fonte: Vatican News

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