
Autoridades venezuelanas despojam o cardeal Porras de seu passaporte
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Em um discurso marcante proferido nesta semana em Genebra, o Arcebispo Ettore Balestrero, Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, dirigiu-se ao Conselho da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Ele instou a comunidade internacional a adotar uma 'análise objetiva e abrangente' sobre o fenômeno migratório, superando estereótipos e polarizações que impedem uma verdadeira cultura do encontro.
O apelo da Santa Sé por uma análise mais profunda e humana da migração vai além dos números e das estatísticas. O Arcebispo Balestrero enfatizou a necessidade de considerar as causas complexas que forçam milhões de pessoas a deixar suas casas — desde conflitos e perseguições até a degradação ambiental e a extrema pobreza. Ao mesmo tempo, ele convidou as nações a reconhecerem as consequências positivas da migração, como o enriquecimento cultural e o dinamismo econômico que os migrantes frequentemente trazem para as sociedades que os acolhem. Trata-se de substituir uma narrativa de medo por uma de oportunidade e fraternidade.
No coração da sua mensagem, Dom Balestrero destacou que aqueles que são forçados a migrar personificam o 'rosto humano da globalização'. Esta poderosa imagem serve como um lembrete de que por trás de cada travessia e de cada fronteira, há uma história pessoal, uma família, sonhos e sofrimentos. O arcebispo também fez questão de louvar o trabalho incansável de inúmeras organizações, especialmente as de inspiração religiosa, que atuam nas áreas mais remotas e carentes do mundo, oferecendo o primeiro e, muitas vezes, o único apoio a estes irmãos e irmãs em movimento. Elas são a expressão concreta da caridade e da solidariedade que a Igreja prega.
Este pronunciamento ressoa de maneira especial neste tempo do Advento. Enquanto a Igreja se prepara para celebrar o nascimento de Jesus, somos convidados a meditar sobre a jornada da Sagrada Família. Maria e José, com o Menino Jesus, também foram forçados a se deslocar; foram migrantes que buscaram refúgio no Egito para escapar da perseguição. O Advento é um tempo de esperança e de acolhida do Salvador que vem ao nosso encontro na simplicidade de uma manjedoura e, hoje, no rosto de cada migrante e refugiado. Acolher o estrangeiro é, em sua essência, preparar um lugar em nosso coração para o próprio Cristo.
As palavras do Arcebispo Balestrero ecoam o magistério do Papa Leão XIV, que desde o início de seu pontificado em maio de 2025, tem consistentemente chamado a Igreja a ser 'um hospital de campanha' nas fronteiras geográficas e existenciais. O Santo Padre tem insistido na importância dos quatro verbos que resumem a resposta cristã ao fenômeno migratório, já propostos por seus predecessores: acolher, proteger, promover e integrar. Esta abordagem integral não vê o migrante como um problema a ser resolvido, mas como uma pessoa a ser amada e uma oportunidade de crescimento para toda a sociedade.
Portanto, o desafio lançado pela Santa Sé na OIM é um convite à conversão do olhar. É um chamado para que governos, organizações e cidadãos superem a indiferença e a hostilidade, optando por construir pontes em vez de muros. Ao reconhecer os migrantes como um recurso para a paz e o desenvolvimento, abrimos caminho para um futuro mais justo e fraterno, onde a dignidade de cada pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, seja respeitada e promovida sem distinção.
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Fonte: Vatican News

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